20 novembro, 2011

"Aqui nestas terra, ocês que passou de branco, são tudo misturadinho!” – Sabedoria da Vovó Maria

Uma das maiores riquezas do Brasil é a diversidade da nação brasileira.
Brancos, negros e pardos. A miscigenação entre índios, negros e dos estrangeiros que desde da colonização vieram trazer a força do trabalho e a cultura em tradições, costumes que originaram cores e traços variados e belíssimos.


Não é difícil encontrarmos negros com olhos claros, brancos com cabelos crespos , mulatos (ou pardos) com cabelos lisos... A cor da pele miscigenada, os traços fisionômicos e físicos demonstram que os filhos desta Pátria amada, formam um maravilhoso jardim.


Refletindo sobre estes fatos, lembro de vovó Maria...
Nos ensinando a importância de nossa descendência afro-brasileira.


Quando a mulecada percebía que os primos ou os amiguinhos da escola, ou da rua eram mais clarinhos e ficavam implicando. Corríam para questionar a vovó, que sempre tinha um conselho repleto de sabedoria.


Vovó Maria tinha resposta prá tudo!
“Vovó a senhora é pretinha e eu sou o que? Sou marronzinho? Sou moreninho?
Vovó Maria sabia compreender a nossa inocência infantil e as dúvidas que já se despertavam nos nossos corações, como a busca da nossa identidade.


Porém, ela nos respondia, sem pressa alguma. E não adiantava ficarmos inquietos esperando a resposta.


Sentadinhos no chão, bem pertinho do seu banquinho preferido. Ela sempre dizia: “Calma meus netinho, vovó já responde ocês!”
Primeiro botava os menorzinhos desfrutando do seu colo, os mais grandinhos se agarravam à seu saiote... Era tão bom está ali com a vovózinha... A pergunta se dispersava na nossa mente, e perdia a relevância.


Mas, percebendo que para outros coraçõezinhos, está resposta significava a valorização das origens negras. Significava elevar a baixa auto-estima, por preconceitos que ela sabia que poderia nos magoar. Ela nos olhava repleta de amor e respondia bem devargarzinho, para que entendêssemos cada palavra.
Há! meus netinhos... Ocês pode até não ser como a vovó, assim tão pretinha... Mas, ocês têm ainda a lembrança da cor dos negro, na própria pele. Negros que deram seu suô, seu sangue por esta terra. Eles construíram muita coisa. Ocês não têm que ter vergonha, mas orgulho do passado, da história dos negro, da luta dos negro prá sobrevive às maldade de alguns branco sem alma, sem bondade no coração. Ocês hoje, graças a Zambi, não têm chibata, não têm corrente, não são arrancado e apartado dos braço da mamãe e dos papai... Muitos negro foram arrastado, de suas terra, trazido nos porão sujo dos navio, Muito morreu pelo caminho.
Aqui nesta terra, foram tudo forçado a trabalhar, sem direito, só tendo obrigação. O canto de lamento das senzala, era o choro da separação da nossa casa, da Àfrica... Mas, nós não deixamo que nossa alma fosse açoitada!
Na mente, nos cantos, na dança nas senzalas, nos cultuava nossa história. Na capoeira nós mostrava a esperteza e a inteligência dos negro! Fingindo aos olho dos sinhô dos escravo, que era só brincadeira.


A capoeira era prá fortalece as perna e os braço dos negro, para enfrentá os capataz e depois forma os Quilombo!
Os negro têm muita importância, meus netinho!


No passado os branco se ajunto com as índia, depois com as negra, foi tudo tendo filho de outras cor. Por isso não importa a cor da pele! O que importa é que ocês são tudo filho do mesmo papai do céu!
Então guardem prá sempre no coração: Aqui nestas terra, ocês que passou de branco, são tudo misturadinho!

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