05 dezembro, 2011

Nosso bom dia especial de hoje é para a Cidade de São Paulo. Bom dia São Paulo! O Rio de Janeiro te abraça!


Literatura Paulistana


Alguns grandes escritores paulistanos:


Alcântara Machado, Antônio Cândido, Augusto de Campos, Cassiano Ricardo, Haroldo de Campos, Hilda Hilst, Ligia Faguldes Telles, Marcos Rey, Ignácio de Loyola Brandão, Mario de Andrade, Monteiro Lobato, José Oswald de Souza Andrade.

Durante o período modernista surgiram importantes escritores da literatura brasileira como Mário de Andrade e Oswald de Andrade, responsáveis pela introdução do modernismo no Brasil e produtores de uma extensa e importante obra literária, dramatúrgica e crítica para a cultura brasileira.


Mario de Andrade

Mário Raul de Morais Andrade, o chamado “papa do Modernismo”, nasceu na capital paulistana São Paulo. no dia 9 de outubro 1893. Filho de Carlos Augusto de Moraes Andrade e Maria Luísa Leite Moraes Andrade; na Rua Aurora, 320, em São Paulo - SP.


Ainda muito jovem escreveu crítica de arte para jornais e revistas. Em 1904, com apenas 11 anos, escreve o primeiro poema, Cantado com palavras inventadas.
Foi poeta, ensaísta, escritor, professor de música, colunista em jornais, pesquisador, entre tantas outras atribuições. Em 1917, com o pseudônimo de Mario Sobral, publicou seu primeiro livro de poesia: Há uma gota de sangue em cada poema. Em 1922 participou da Semana de Arte Moderna em São Paulo, de 13 a 18 de fevereiro, no Teatro Municipal ao lado de outros grandes intelectuais da época. Nesse mesmo ano publicou "Paulicéia Desvairada", livro de poesias. considerado o primeiro livro de poemas do Modernismo.
O caráter revolucionário da poesia de Mário de Andrade se manifesta a partir do Livro Paulicéia desvairada, que rompe com todas as estruturas ligadas ao passado. O livro tem como musa inspiradora, a cidade de São Paulo e seu provincianismo, o rio Tietê, a avenida Paulista, a burguesia, a aristocracia, o proletariado; uma cidade multifacetada, uma colcha de retalhos, uma roupa de arlequim – uma cidade arlequinal. O poema de abertura é significativo:

Paulicéia desvairada- versos iniciais:

Inpiração

“São Paulo! comoção de minha vida...
Os meus amores são flores feitas de original...
Arlequinal!... Traje de losangos... Cinza e ouro...
Luz e bruma... Forno e inverno morno...
Elegâncias sutis sem escândalos, sem ciúmes...
Perfumes de Paris... Arys!
Bofetadas líricas no Trianon... Algodoal
Galicismo a berrar nos desertos da América!

Em toda sua obra, Mario de Andrade lutou por uma língua brasileira, que estivesse mais próxima do falar do povo. Os brasileirismos e o folclore tiveram máxima importância para o poeta, como bem atestam os livros Clã do Jabuti e Remate de males. Ao lado disso, suas poesias, romances e contos revestem-se de uma nítida crítica social, tendo como alvo a alta burguesia e aristrocacia.

"Macunaíma" (1928), o herói sem nenhum caráter, temos, talvez, a criação máxima de Mário de Andrade: a partir desse anti-herói, o autor enfoca o choque do índio amazônico (que nasce preto e virou branco-síntese do povo brasileiro) com a tradição e cultura européia na cidade de São Paulo, valendo-se para tanto de profundos estudos folclóricos.
Macunaíma é o próprio “herói de nossa gente”, como faz questão de afimar o autor logo na primeira linha do romance.
Durante sua trajetória, Mário de Andrade fundou a Sociedade de Etnografia e Folclore e também passou por vários cargos públicos, entre estes, foi diretor do Departamento Municipal de Cultura de São Paulo.

Poesia
Há uma Gota de Sangue em Cada Poema (1917), Paulicéia Desvairada (1922), Losango Cáqui (1926), Clã do Jabuti (1927), Remate de Males (1930), Poesias (1941), Lira Paulistana (1946), O Carro da Miséria (1946), Poesias Completas (1955).

Romance
Amar, Verbo Intransitivo (1927), Macunaíma (1928).

Contos
Primeiro Andar (1926), Belasarte (1934), Contos Novos (1947).

Crônicas
Os filhos da Candinha (1943).

Ensaios
A Escrava que não é Isaura (1925), O Aleijadinho de Álvares de Azevedo (1935), O Movimento Modernista (1942), O Baile das Quatro Artes (1943), O Empalhador de Passarinhos (1944), O Banquete (1978).

Reconhecido por seu extraordinário talento literário, o grande escritor paulistano Mario de Andrade faleceu em 25 de fevereiro de 1945.


Fontes: Wikipédia, Livro Didático: Portguês do olho no mundo do trabalho-Ernani Terra, José de Nicola/ED Scipione/PNLEM/FNDE Minitério da Educação.

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