24 março, 2011


Mãe que denunciou marido por maus tratos a bebê conta como filmou flagrante


Fonte do texto: http://maisvoce.globo.com



Andréia entrou em estado de alerta quando viu o bracinho roxo e a clavícula quebrada do seu bebê, de apenas 2 meses de idade. Desconfiada, ela gravou cenas da agressão com um celular, posto em uma caixa de sapatos. “Quando eu vi aquilo, foi a pior hora da minha vida. Meu celular, velhinho, salvou a vida do meu filho”, disse a mineira de Pouso Alegre, visivelmente emocionada, para Ana Maria, que a recebeu no programa desta terça. A mãe disse ainda que o bebê demonstrava medo sempre que o pai o olhava.

“Ele estava com a palma da mão roxa. Comecei a chorar. Meu marido ficou bravo”, contou Andréia. Ana Maria também conversou com o pediatra Lauro Monteiro, que esteve à frente da ONG Abrapia por quase 20 anos, lutando contra a violência doméstica, e hoje mantém um site chamado Observatório da Infância.

Dr. Lauro, que também participou da elaboração do Estatuto da Criança e do Adolescente, alertou para a necessidade de prestar atenção aos sinais que a criança dá. “Isso ocorre dentro de casa, entre quatro paredes, e muitas vezes a mãe não tem condições emocionais para se manifestar”, falou.

Na maioria das vezes a violência contra a criança, principalmente a doméstica, não é denunciada. Mas, hoje, o maior acesso à informação faz com que haja mais agressores punidos. Quem suspeita que uma criança sofra agressão, de qualquer forma, deve encaminhar a denúncia para o Conselho Tutelar ou para o Ministério Público de sua cidade o mais rápido possível. Se ficar provado que a criança é vítima de maus tratos, o agressor pode ser punido e a guarda da criança passa a ser do parente mais próximo.

No caso de maus tratos, a pena varia de dois meses a um ano. Se a agressão resultar em lesão corporal de natureza grave, a pessoa pode pegar de 1 a 4 anos. Já no caso de morte, o agressor pode ser condenado de 4 a 12 anos. Para saber qual o telefone do Conselho Tutelar mais perto de sua casa, basta ligar para o disque-denúncia 100, cuja ligação é gratuita.

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