14 junho, 2011

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A Fundação SOS Mata Atlântica é uma organização não-governamental criada em 1986. Trata-se de uma entidade privada sem fins lucrativos, que tem como missão promover a conservação da diversidade biológica e cultural do Bioma Mata Atlântica e ecossistemas sob sua influência, estimulando ações para o desenvolvimento sustentável, bem como promover a educação e o conhecimento sobre a Mata Atlântica, mobilizando, capacitando e estimulando o exercício da cidadania socioambiental.


A entidade desenvolve projetos de conservação ambiental, produção de dados, mapeamento e monitoramento da cobertura florestal do Bioma, campanhas, estratégias de ação na área de políticas públicas, programas de educação ambiental e restauração florestal, voluntariado, desenvolvimento sustentável e proteção e manejo de ecossistemas. e a conservação deste patrimônio natural único e de suma importância!


A SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE divulgaram hoje (maio 26, 2011 on 07:41 pm) novos dados do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica com a situação de 16 dos 17 Estados abrangidos pelo Bioma, no período de 2008 a 2010.


Os dados foram apresentados por Marcia Hirota, diretora de Gestão do Conhecimento e coordenadora do Atlas pela SOS Mata Atlântica; Flávio Jorge Ponzoni, pesquisador e coordenador técnico do estudo pelo INPE; e Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da Fundação. Confira alguns dos principais resultados:

Da área total da Mata Atlântica (1.315.460 km2), foram avaliados 1.288.989 km2, o que corresponde a 98%.
Foram analisados os Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.
Minas Gerais, Bahia, Santa Catarina e Paraná foram estados os que mais desmataram no período analisado.
Dos 17 Estados abrangidos pelo bioma Mata Atlântica, o único não avaliado foi o Piauí, cujos dados não puderam ser incluídos ainda pela indefinição de critérios de identificação das formações florestais naturais do Bioma naquele Estado. Além disso, para este Estado está sendo aguardado um mapeamento detalhado liderado pelo Ministério do Meio Ambiente.
Os dados apontam desflorestamentos verificados no período de 2008-2010 de 31.195 hectares (ha), ou 311,95Km2.
Destes, 30.944 ha correspondem a desflorestamentos, 234 ha a supressão de vegetação de restinga e 17 ha a supressão de vegetação de mangue.



De acordo com Marcia Hirota, o estudo comprova que a supressão da floresta nativa é continua e os dados são um alerta para o estabelecimento de políticas públicas que incentivem a conservação e a restauração do Bioma. “Dependemos dos recursos naturais e dos serviços ambientais da Mata Atlântica que são essenciais para a sobrevivência dos 112 milhões de habitantes no domínio do Bioma”, enfatiza. “A aprovação na Câmara dos Deputados da proposta de alterações no Código Florestal só piora a situação já dramática da Mata Atlântica”, reforça Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da Fundação.


Flávio Ponzoni, coordenador técnico do Atlas por parte do INPE, menciona que “as próximas versões do Atlas deverão incluir a observação de itens sensíveis à aprovação do novo Código Florestal no que se refere a possíveis impactos negativos na tendência de decréscimo das taxas de desflorestamentos”. Reforça ainda que “estamos sempre motivados a implementar novas metodologias que nos permitam refinar as informações, tornando-as o mais fieis possível com a realidade”.


Fonte do texto: http://www.sosma.org.br/

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