23 abril, 2012

Datas comemorativas de abril-Dia da Aviação de Caça

Dia da Aviação de Caça
22 de abril - O mais longo dos dias da FAB na Segunda Guerra
Em muitas ocasiões, como comandante do 350th Fighter Group, eu fui obrigado a mantê-los no chão quando insistiam em continuar voando, porque eu acreditava que eles já haviam ultrapassado os limites de sua resistência física. As palavras são do Major General Nielsen, ex-comandante da unidade americana à qual os pilotos da Força Aérea Brasileira (FAB) estavam subordinados na Itália.

O comentário faz parte do pedido para que o Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA) recebesse a Citação Presidencial Americana – apenas três unidades estrangeiras possuem a comenda. Os brasileiros entraram em combate no final de 1944 e participaram, no início do ano seguinte, da ofensiva de primavera – um grande esforço aliado para acabar com o conflito na Europa. Ao mesmo tempo em que conquistavam resultados expressivos, o Grupo de Caça perdia em média três pilotos por mês – média igual à da Força Aérea Americana (USAF), incluindo pilotos abatidos e mortos, desaparecidos e capturados.

Às vésperas do dia 22 de abril, os pilotos brasileiros tiveram de tomar uma importante decisão diante das sucessivas baixas: o 1º Grupo de Caça deixaria de existir, com seus pilotos e mecânicos distribuídos nos demais esquadrões aliados, ou continuariam lutando, com um número maior de voos por dia, arriscando mais a vida, mas como uma unidade brasileira.Só quem esteve em combate sabe o que é voar mais de uma missão no mesmo dia, recorda o Major-Brigadeiro-do-Ar Rui Moreira Lima, veterano do Grupo de Caça e autor do livro “Senta a Púa!”. Decidiram lutar mais.

No dia 22 de abril de 1945, num único dia, os pilotos da FAB realizaram 11 missões, na data que simboliza a Aviação de Caça Brasileira.Voaram duas, até três vezes, em intervalos de poucas horas,sob fogo inimigo e enfrentando grande desgaste físico – um piloto perdia dois quilos em uma missão de duas horas de duração.

Engana-se quem pensa que o esforço acabou ali. Por mais três dias, os pilotos brasileiros voaram dez missões diárias.

O 22 de abril é até hoje o Dia da Aviação de Caça.

Fonte: Agência Força Aérea http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?mostra=703

Heróis Nacionais


...um país que conta com gente de tal fibra nada tem a temer das adversidades do futuro. Todos nós, depois desta experiência, podemos confiar, mais do que nunca nas energias físicas do nosso povo, mas sobretudo na força moral desses brasileiros que tão cavalherescamente se põem ao lado daqueles que defendem idéias nobres.
Dr. Maurício Nabuco Embaixador do Brasil na Itália

 A Força Aérea Brasileira na II Guerra Mundial Terminada a guerra na Itália, o 1º Grupo de Caça ainda lá permaneceu dois meses, aguardando transporte marítimo para o regresso.
O Embaixador do Brasil na Itália, Dr. Maurício Nabuco, no ofício em que comunicava o regresso do Grupo de Caça Brasileiro disse:
“Partiu há pouco, depois de quase um ano de luta na Europa, o Grupo de Caça da Força Aérea Brasileira.
Confesso a Vossa Excelência que não é sem emoção que recordo as atividades heróicas desse grupo de brasileiros que, sob o brilhante comando do Tenente Coronel Nero Moura,integrados na imensa organização aérea do setor da Itália, lutaram num ambiente estranho e difícil.

Major Aviador Nero Moura, comandante de Primeiro Grupo de Caça.

Essa gente moça, que pela primeira vez na história do Brasil deixou sua terra para vir combater nos céus diferentes da Europa, e que durante bastante tempo, como Vossa Excelência sabe, teve que substituir o número pelo esforço maior de cada um, e pelo aumento individual de suas missões, merece louvor de todos os brasileiros. Eu que vi de perto rapazes de vinte anos partindo para a morte com a mestria, a resistência e a coragem de homens a feitos à guerra moderna, posso dizer que um país que conta com gente de tal fibra nada tem a temer das adversidades do futuro. Todos nós, depois desta experiência, podemos confiar, mais do que nunca nas energias físicas do nosso povo, mas sobretudo na força moral desses brasileiros que tão cavalheirescamente se põem ao lado daqueles que defendem idéias nobres.
Os rapazes da Força Aérea Brasileira deixaram na Itália gravados em número bem modesto, mas com o mesmo vigor de seus heróicos aliados, o nome glorioso do Brasil”.


A atuação do Grupo de Caça Brasileiro na Itália é a página mais gloriosa na história da Força Aérea Brasileira e o brilho imorredouro dos feitos lá praticados servirá, sempre de estímulo às suas gerações futuras.
Durante a II Guerra Mundial, nos céus da Itália, um pugilo de bravos da Força Aérea Brasileira honrou a promessa que milhões de brasileiros já fizeram:


 
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

Trechos do Livro A Força Aérea Brasileira na II Guerra Mundial- Tenente-Brigadeiro R.R. Nelson Freire Lavenére-Wanderley.Ed. Gráfica Brasileira



Na história dos povos coube-nos, assim, a honra de sermos a primeira Força Aérea sul-americana que cruzou oceanos e veio alçar as suas asas sobre os campos de batalha europeus. Antes de entrar em ação, aqui no Velho Mundo, o 1º Grupo de Caça cumpre o sagrado dever de plantar em território inimigo a Bandeira do Brasil.
Camaradas: para a frente, para a ação, com o pensamento fixo na imagem da Pátria, cuja honra e integridade juramos manter incólumes.
Cumpre-nos tudo enfrentar, com fortaleza de ânimo, a fim de manter intato esse tesouro jamais violado: a honra do soldado brasileiro! E nós o faremos, custe o que custar.


Já nos últimos dias da “Ofensiva da Primavera”, o Marechal Mascarenhas de Moraes publicou em Ordem do Dia uma referência elogiosa ao trabalho da 1ª Esquadrilha de Ligação e Observação da qual constam as seguintes palavras:
Dizer do seu trabalho nesta Campanha é cantar um hino ao destemor e a noção de dever dos aviadores e artilheiros que a constituem.
Não houve mau tempo, não houve neve, tão pouco acidentes e pistas impróprias, que arrefecessem o ânimo e a disposição dos seus componentes.”
No dia 14 de outubro de 1944 pela primeira vez, tremulou a bandeira de uma unidade da Força Aérea Brasileira em território inimigo, durante uma guerra; nesse dia, a Bandeira Brasileira foi içada no acampamento do 1º Grupo de Caça em Tarquínia, na Itália, com uma cerimônia solene; a Ordem do dia dessa data disse:
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário