06 abril, 2011


Bullying

Fonte da foto: Wikipédia/ http://www.sidneyrezende.com/



Vocês sabem o que é Bullying?


Bullying é um termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully ou "valentão") ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender.


Fonte desta informação :pt.wikipedia.org/wiki/Bullying



As características principais do Bullying são a agressão física: bater, chutar, etc., a agressão psicológica: intimidar, ridicularizar, difamar, amedrontar, xingar, humilhar ou tratrar o colega com qualquer tipo de preconceito. Extorsão ou roubo de pertences também é Bullying.



A Família e o Bullying



O Bullying é um termo novo, importante para a identificação deste comportamento, porém se refletirmos um pouco, veremos que este termo em algumas circunstâncias descreve a má conduta consequente da má-educação que há muito tempo já tínhamos notícias. Já observáva-mos estas características do Bullying, principalmente entre meninos e jovens de todas as classes sociais e em variados ambientes. Há muitos anos já haviam brigas e perseguições frequentes, não apenas na escola, mas nas ruas e até mesmo dentro dos lares entre irmãos e primos.


Hoje em dia, o Bullying é praticado por crianças, adolescentes e jovens, com mais frequência, com mais agressividade e mais falta de respeito pelo próximo.



Como disse Rui Barbosa: “A família é a célula mater da sociedade”.



Fonte da foto:picasaweb.google.com/reginalucenadiniz


A família é a base da harmonia e de uma boa formação moral e ética de todo indivíduo. É muito triste percebermos que muitas famílias estão tão desarmonizadas com graves problemas oriundos de diversos fatores, que já não têm mais condições psicológicas e emocionais para educarem.


Nesta situação, os pais precisam reconhecer o desequilíbrio e buscar ajuda psicológica com urgência, pela paz interior e pelo cuidado com seus filhos, que certamente estão intranquilos e infelizes. Os pais e responsáveis devem estar atentos. Nos orientam psicólogos, psiquiatras e pedagogos, que os conflitos familiares costumam causar sérios problemas emocionais e alterar de forma negativa o comportamento das crianças, de adolescentes e jovens.




Machismo presente na educação



Ainda temos muitas famílias que criam suas crianças com a educação machista. O pensamento machista velado ou não, sobrevive na sociedade brasileira. Em todas as regiões e em todas as classes sociais. As próprias mães (frutos da educação machista) tendem a reproduzir com os filhos este comportamento.


Esta equivocada cultura por muito tempo representou a injusta inferioridade, discriminação e sofrimento da mulher. Jamais trouxe benefícios para nossa sociedade e não acrescenta nada de bom na educação.


Apanhar na rua ou na escola era visto por vários pais como fraqueza e covardia. Porém, apanhar em casa era sinônimo de educação. Era a “pedagogia da palmada ou da vara de marmelo”.


Durante muitas décadas, apanhar na infância era “normal”. Meninas também apanhavam com frequência.


Garanto que muitos adultos, que lerem este texto, lembrarão de terem ouvido o infeliz do ditado: “Pé- de- galo ou de galinha não amassa-pinto!”


Era muito comum o incentivo a agressividade pela “honra masculina”. Por exemplo, quando o filho chegava em sua casa, contando aos pais que tinha apanhado do colega na rua ou na escola, os pais se sentiam “indignados” e o menino apanhava de novo do pai ou da mãe, ouvindo que era “prá ele deixar de ser frouxo! "


Os meninos ainda sofriam a pressão emocional, de não terem o direito de chorar ou de serem simplesmente pacíficos. Cresceram ouvindo: “Menino não chora! "


Em alguns casos, ainda se agravava mais o conflito da criança com o mau exemplo dos pais, que após baterem no filho, ainda ensinavam o revide. A criança tinha que prometer que no dia seguinte ia “bater no menino de quem apanhou”. “Filho meu é macho. Não leva desaforo para casa!” Triste conduta que ainda são muito comuns, por machismo e por não se desenvolverem em algumas famílias, sentimentos éticos, que colaboram e pacificam relacionamentos sociais desde a infância.


Existem crianças que são naturalmente pacíficas, o que é muito benéfico. Outras já são passivas, neste caso é necessária uma especial observação e orientação dos pais.


Deve-se sempre orientar a criança e o adolescente a terem reações que desenvolvam sua personalidade e autoestima. Se o menino ou a menina estão sendo humilhados ou agredidos que não se calem, que demonstrem o desagrado, denunciem imediatamente aos seus pais, aos professores e a direção da escola. O silêncio e o medo têm sido estímulos para o Bullying.


A escola e os pais nunca devem ignorar estas queixas, devem acolher as denúncias, avaliá-las em diálogo com os educadores, que tomarão as providências que forem necessárias.


Chega de violência!


Se faz urgente e necessária uma séria reflexão sobre valores morais e a mudança desses arcaicos paradigmas machistas, que se perpetuaram por várias gerações.


O Brasil cresceu, adquiriu uma visão mais ampla e psicológica da melhor forma de educar com a própria história e evolução do nosso país, onde a informação está cada vez mais acessível para todos.


Temos principalmente a imensa contribuição dos movimentos feministas, sociais, culturais e pedagógicos. A orientação de muitos profissionais sérios, da área da medicina e psicologia. Tantas são as provas de que a educação machista só deseduca e não auxilia na formação das crianças e adolescentes.


Com esta visão machista muitos pais ainda são extremamente rigorosos e agressivos e negligenciam na atenção com os filhos, ignorando os constantes e preocupados apelos dos professores e educadores. Pais que não comparecem nas reuniões da escola para conversarem sobre o Bullying, sobre o comportamento desrespeitoso e a agressividade dos seus filhos. Precisam compreender que conversando com a escola, podem encontrar juntos, caminhos benéficos para orientar a criança, o adolescente ou o jovem. Mas, infelizmente com a indiferença dos pais, o Bullying que poderia ser evitado, na escola e nas ruas, se agrava.


É claro que há ainda importantes transformações a serem feitas em favor da escola, da educação e em vários aspectos sociais em nosso país. Movimentos necessários em prol da formação social, ética, moral e profissional de nossos jovens, mas, sempre será imprescindível a união e a participação dos Governantes de cada Estado, da escola, da sociedade e da família.



Bullying seria também consequência dos conflitos familiares?



Fonte da foto: abril.com.br


O próprio ambiente familiar onde há a desarmonia com a falta de respeito entre os adultos, a agressividade, os vícios da bebida e das drogas, também têm sido as causas para que as crianças e adolescentes se sintam deprimidos e revoltados. Os maus exemplos familiares de violência doméstica com a criança, com outros irmãos ou entre os pais, se refletem no comportamento de algumas crianças, que repetem o que vêem em casa com os colegas da escola e nas ruas.


Conforme nos orientam os psicólogos e educadores, os meninos e meninas e jovens que praticam o Bullying geralmente querem mostrar força, poder, chamar a atenção intimidando, oprimindo ou agredindo os mais indefesos.


Os que sofrem o Bullying são comumente os mais calados, os que têm dificuldades de se relacionar com os outros colegas por timidez ou por problema de autoestima.


Como os pais podem perceber que seus filhos podem estar sendo vítimas de Bullying?


Pela mudança de comportamento de seus filhos. Ansiedade, estresse, tristeza, irritação ou depressão, quando não querem ir mais para a escola, se eles aparecerem com machucados sem justificativa convincente ou se ele(a) estiver sentindo dores pelo corpo, são alguns dos indícios de Bullying.


Atenção! Bullying não é brincadeira, mas nem toda brincadeira é Bullying.


É preciso porém ter-se discernimento para não se tomar toda brincadeira como Bullying.


É muito importante que se converse com a criança e o adolescente que supostamente praticou o Bullying ou foi vítima. Dependendo da circunstância, se obtenha a orientação de profissionais de psicologia e dos educadores.


Avaliem as intenções, a veracidade, as circunstâncias e as consequências de um comportamento de uma criança e adolescente. Para que não se ignore os sentimentos da criança ou adolescente que se sente magoado e ofendido. O que pode trazer consequências para o seu desenvolvimento psicológico, mas também é preciso se estar atento para não haver injustiças ou exageros. Por exemplo, se a outra criança não tiver praticado o Bullying, pode também sofrer muito pelo julgamento equivocado.


Senhores pais e responsáveis, para evitar o Bullying ou que suas crianças e adolescentes causem mágoas, ressentimentos nos colegas ou que sejam mal-interpretados, procurem orientá-los para que não façam brincadeiras de mau gosto. Não dêem mais, aqueles irritantes tapinhas nos colegas, não ponham apelidos desagradáveis, não façam fofoquinhas, comentários maldosos e insinuações envolvendo os companheiros e companheiras da escola e na rua. Também não ofendam, não mexam nos pertences alheios, estes são comportamentos inadequados, que entre outros, podem ser considerados Bullying!


Ensinarmos nossas crianças, adolescentes e jovens a tratarem os outros como gostaríamos de ser tratados é sempre o melhor caminho!


Atenção, meninos e meninas! Não façam com os outros o que vocês não gostariam que fosse feito com vocês!


No passado havia muita ignorância das questões educacionais e psicológicas. Havia uma cultura mais fechada, não tínhamos leis apropriadas que defendessem e protegessem a criança e o adolescente. Não tínhamos a quem procurar para recebermos orientação e apoio. Agora temos o Estatuto da Criança e do Adolescente, os Conselhos Tutelares, o Ministério Público-RJ (cada vez mais perto do cidadão), psicólogos e assistentes sociais ( também gratuitos). São inúmeras as fontes de informação nos veículos de comunicação e Internet e o auxílio dos professores e educadores, dedicados amigos que só desejam colaborar com a boa formação de nossas crianças, adolescente e jovens. Hoje, pais e responsáveis, não podemos mais alegar desconhecimento dos nossos direitos e deveres enquanto educadores.


Filhos que não ouvem os pais


Devemos também levar em consideração no comportamento da criança, alguns fatores para não atribuirmos a toda conduta anti-social da criança ou do adolescente à falta da educação, que competia ser dada pelos pais.


Há muitos pais e responsáveis amorosos e interessados, que ensinam e exemplificam respeito mútuo. Que sempre procuram a escola, participam e dão retorno a qualquer solicitação dos professores, principalmente com relação ao comportamento de seus filhos. Esta postura é maravilhosa, só traz benefícios para a formação de futuros jovens harmonizados e éticos. Dificilmente estes pais têm dores de cabeça com seus filhos.


Fatores inerentes a capacidade de discernimento e índole da criança:


A idade da criança- A criança muito pequena, pode ainda não ter adquirido a natural capacidade de entendimento e discernimento.


O livre-arbítrio e a índole (personalidade)-Quando a criança e o adolescente já pode discernir (avaliar) em até certo grau, o certo e o errado. Já está fazendo as suas próprias escolhas e por mais que seus pais lhes exemplifiquem e orientem de forma edificante e positiva, a criança ou o adolescente insiste na má-conduta.


Desta forma observamos que além das circunstâncias em que o comportamento se dá, o discernimento, as companhias, o ambiente familiar, os valores e exemplos que são transmitidos devem ser sempre avaliados.

Um comentário:

  1. Olá. Obrigado por suas palavras lá no Vidacuriosa. Vou ler com mais tempo este blog e acompanhá-lo.
    Abraços

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