22 abril, 2011


Biblioteca Infantil Grandes Autores– Informação- Cultura- Cidadania



http://blog.planalto.gov.br/viagem-a-china/




Quinta-feira, 14 de abril de 2011



Dilma Rousseff faz visita à China

Presidenta Dilma Rousseff discursa na cerimônia de abertura do Fórum Boao, na China. A presidenta ressalta as vantagens de investir no Brasil







Presidenta Dilma Rousseff discursa na cerimônia de abertura do Fórum Boao, na China. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR



A presidenta Dilma Rousseff aproveitou o discurso de abertura do Fórum Boao, na China, para apresentar um Brasil disposto a receber investimentos estrangeiros. Durante quase 13 minutos, a presidenta Dilma mostrou um país de grandes oportunidades como as obras de infraestrutura incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do pré-sal, da Copa do Mundo 2014 e dos Jogos Olímpicos 2016. Dilma Rousseff contou também sobre programas sociais implantados pelo governo federal, como o Bolsa Família, e o firme propósito para os próximos anos de erradicar a pobreza.

“Por isso, existem grandes oportunidades no Brasil. Também estamos ampliando nossos investimentos em ciência, tecnologia e inovação, bem como na construção de um desenvolvimento ambientalmente sustentável. Nós hoje combinamos estabilidade econômica, crescimento acelerado, projeto estratégico de desenvolvimento, impulso à ciência, tecnologia e inovação, inclusão social e distribuição de renda, Estado de direito democrático, estabilidade política, compromisso com os direitos humanos e com a sustentabilidade ambiental e um profundo sentimento de autoestima de nosso povo.”


De acordo com a presidenta, “o mundo do século XXI requer criatividade para forjar novos laços entre regiões e continentes”. Ela frisou que “a Ásia e a América Latina podem e devem estreitar seus vínculos, seus laços, seus negócios e suas parcerias, reduzindo distâncias físicas, aproximando visões de mundo, integrando povos e culturas”.


E prosseguiu: “atuamos em cenários econômicos, políticos e sociais distintos. Não buscamos modelos únicos, nem tampouco unanimidades. Os consensos que se tentaram na história recente sob a égide do mercado ou do Estado, que supostamente nunca falhariam, mostraram-se frágeis como castelo de cartas. O grande desafio é construir na diversidade, associando distintos projetos em ambiente de cooperação para o desenvolvimento de todos.”


Ao terminar o pronunciamento, a presidenta brasileira disse esperar que o 10º Fórum de Boao “se fortaleça e que também se fortaleça a determinação de romper paradigmas para aperfeiçoar um diálogo pioneiro entre Estados, sociedades, empresas e instituições, para juntos vencermos os desafios de construir um mundo com as nossas melhores tradições de humanidade, de paz e de solidariedade”.




A pose para foto oficial dos chefes de Governo e de Estado durante abertura do Fórum Boao, na China. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR



No último dia da visita oficial à China, a presidenta participou da abertura do Fórum de Boao para a Ásia, cujo tema este ano é “Desenvolvimento Inclusivo: agenda comum e novos desafios”. Participaram ainda da cerimônia os presidentes Hu Jintao, da China; Jacob Zuma, da África do Sul e Dmitri Medvedev, da Rússia; os primeiros-ministros da Coreia do Sul, Kim Hwang-Sik; da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero; e da Ucrânia, Mykola Azarov; além do vice-primeiro ministro da Nova Zelândia, Bill English.

Para uma plateia bastante diversificada, inclusive com empresários expoentes do mercado asiático, a presidenta brasileira iniciou o pronunciamento destacando a importância de participar do encontro. Ela avaliou que o fórum “se constitui num dos mais importantes espaços multilaterais de discussão sobre o destino desta parte importante da Humanidade”.

“Somos favoráveis a todas as iniciativas que busquem aproximar, integrar e desenvolver as relações da Ásia e da América do Sul, as duas regiões que mais crescem no mundo. Apesar da distância entre nossas regiões, o Brasil se reconhece no continente asiático. Nosso país tem composição multiétnica e se formou por fortes movimentos de migrações europeias, africanas e também asiáticas.”

Em seguida, a presidenta brasileira apresentou votos de pesar aos povos do Japão e da Nova Zelândia, que passaram por recentes “eventos naturais”, como terremoto seguido de tsunami. Neste momento, Dilma Rousseff informou que após os compromissos na China, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, visitará o Japão para “expressar ao governo japonês a nossa solidariedade e disposição de apoio”.

Após apresentar seus sentimentos aos dois povos, a presidenta tratou, no discurso, da parte econômica lembrando que “o mundo atravessa um período de profundas transformações”. A multipolaridade econômica e comercial avança, segundo ela, deslocando velhas hegemonias e paradigmas. Esse processo abre espaço para um novo dinamismo, no qual a Ásia é um polo emergente e a América Latina desponta como espaço econômico relevante. Lembrou também da recente crise financeira mundial de 2008.

“Hoje a economia mundial está em recuperação, mas com velocidades diferentes de crescimento entre países avançados e em desenvolvimento. Esta assimetria tem gerado desafios para a administração de nossas economias. De um lado, a expansão da liquidez por parte dos países avançados pressiona a inflação mundial e aprecia as moedas de vários países, sobretudo dos exportadores de commodities, ao mesmo tempo em que promove a insegurança alimentar e energética em outras nações.”

Dilma Rouseff assegurou também ser favorável ao controle da inflação e à estabilidade fiscal. “Eu gostaria de destacar que, para nós, o controle da inflação e a estabilidade são fundamentais para a recuperação da economia mundial”, manifestou.

“Mas isso tem que ter como objetivo criar condições para o crescimento econômico, para a inclusão social, sobretudo naqueles países onde parcelas enormes da população ainda vivem em situação de pobreza ou de pobreza extrema. Desenvolver com inclusão social – que é o tema deste Fórum – é a questão chave para todos nós, mulheres e homens do século XXI. Os movimentos em todo o Oriente Médio e no Norte da África evidenciam que as pessoas estão carentes de inclusão social. Eu acredito que não haverá crescimento sustentado e estável de longo prazo sem fortes programas de inclusão social, redução de desigualdades e participação.”

A presidenta disse também que é importante conjugar o crescimento econômico com melhora na distribuição de renda; passou pela consolidação da macroeconomia e explicou sobre a rede de proteção social como programas de distribuição de renda, aumentos do salário real e de universalização dos serviços públicos.

“Citando alguns exemplos: na área de combate à pobreza e educação criamos o Bolsa Família, um dos maiores programas de renda do mundo, que elevou a renda de milhões de pessoas. Ampliamos o acesso ao ensino básico, criamos mecanismos de financiamento que garantiram o acesso a milhões… milhares de jovens de baixa renda ao ensino superior. Elevamos o nosso investimento e levamos à população rural eletricidade, beneficiando milhões e milhões de famílias. Na habitação, também iniciamos um grande programa de construção de casas.”

Dilma Rousseff destacou também outro ponto de grande importância para o governo brasileiro: a ampliação do investimento e do consumo. Isso permitiu ao país, segundo ela, sair de forma rápida e consistente da grave crise econômica internacional. No setor financeiro, ampliamos o acesso ao crédito. Com isso, fortalecemos a nossa economia e geramos mais de 15 milhões de empregos formais. Nos primeiros três meses deste ano, mantivemos o mesmo ritmo de geração de emprego.

“Foi o aumento do emprego e da renda que viabilizou a construção de um mercado interno de consumo de massas, capaz de sustentar o crescimento de nossa economia e gerar ótimas oportunidades de investimento para o capital privado. Enfim, a democratização do crédito, a elevação da renda do trabalho, as transferências de renda, a universalização de serviços e investimentos em infraestrutura retiraram 36 milhões de pessoas da pobreza num país de 190 milhões e expandiu a classe média brasileira.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário