01 maio, 2012

Dia do trabalhador


Imagem reproduzida da Revista da Semana  - Manifestação operária em 1919 no Rio de Janeiro

História do Dia do Trabalho
 
O Dia do Trabalho, comemorado no Brasil e em várias partes do mundo em 1º de maio, é uma homenagem a uma greve ocorrida na cidade de Chicago (EUA) no ano de 1886. A data foi marcada pela reunião de milhares de trabalhadores que reivindicavam a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. 
Dias depois, em 4 de maio de 1886, outra manifestação aconteceu em Chicago e resultou na morte de policiais e protestantes. O evento também foi um dos originários do Dia do Trabalho e ficou conhecido como Revolta de Haymarket. Três anos mais tarde, em 1889, o Congresso Internacional Socialista realizado em Paris adotou como resolução a organização anual, em todo 1º de maio, de manifestações operárias por todo o mundo, em favor da jornada máxima de 8 horas de trabalho

No ano seguinte, milhões de trabalhadores da Alemanha, Áustria, Hungria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Holanda, Grã-Bretanha, Itália e Suíça fizeram valer as decisões do Congresso de 1889. O dia 1º de maio foi marcado por uma greve geral, onde os operários desfilaram pelas ruas de suas cidades para mostrar apoio à causa trabalhista. O dia passou a ser chamado de “Dia do Trabalho” e passava a comprovar o poder de organização dos trabalhadores em âmbito internacional. 

Dia do Trabalho no Brasil
A chegada dos imigrantes europeus ao Brasil trouxe ideias sobre princípios organizacionais e leis trabalhistas, já implantadas da Europa. Os operários brasileiros começaram a se organizar. Em 1917 aconteceu a Greve Geral, que parou indústria e comércio brasileiros. A classe operária se fortalecia e, em 1924, o dia 1º de maio foi decretado feriado nacional pelo presidente Artur Bernardes.
Mesmo tendo sido declarado feriado no Brasil, até o início da Era Vargas o 1º de maio era considerado um dia de protestos operários, marcado por greves e manifestações. A propaganda trabalhista de Getúlio Vargas habilmente passou a escolher a data para anunciar benefícios aos trabalhadores, transformando-a em “Dia do Trabalhador”. Desta forma, o dia não mais era caracterizado apenas por protestos, e sim comemorado com desfiles e festas populares, como é até hoje.
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Perfil do trabalhador no Brasil
Seis capitais brasileiras alcançaram juntas a marca de 22 milhões de trabalhadores formais em dezembro de 2010, número 18,9% maior do que o registrado desde 2003. Este é o resultado da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), retrospectiva 2003-2010, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Em quase dez anos, além dos novos postos de trabalho, os indicadores também mostram mudanças no perfil do trabalhador brasileiro. Para o gerente da Pesquisa Mensal de Emprego, Cimar Azeredo, com a formalização, o trabalhador está mais consciente do que pode exigir do empregador quando tem a carteira assinada. “O trabalhador está buscando seus direitos”, diz.

 Opção Brasil Imagens -Trabalhador em linha de montagem de indústria automobilística
Outra consequência desse movimento: o total de contribuintes da Previdência Social também aumentou, passando de 61,2%, em 2003, para 68,4%, em 2010. “Além de amparar o trabalhador com garantias como o Seguro Desemprego, aposentadoria, FGTS, a carteira de trabalho funciona como um passaporte de crédito, formalizando o trabalhador perante a sociedade e implicando no crescimento da economia”, explica Azeredo.
De cara nova
Segundo o IBGE, a maioria dos profissionais tem entre 25 a 49 anos (62,5%) e se dedica a jornadas médias semanais de 40,5 horas trabalhadas. Em 2010, o mercado de trabalho brasileiro ainda registrou aumento dos profissionais com 50 anos ou mais. A presença do grupo representa 21,5% e pode estar associada ao aumento da expectativa de vida e às mudanças nas regras de aposentadoria.
O setor que mais acolheu trabalhadores foi o de serviços prestados a empresas (terceirização), com 36,5%, seguido por educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (21,7%) e outros serviços, que englobam transporte, alimentação, serviços pessoais, por exemplo, com 22,8%. 
Outra boa constatação: os trabalhadores brasileiros estão estudando mais. De 2003 para 2010, o percentual de pessoas ocupadas com 11 anos ou mais de escolaridade cresceu 12,6 pontos percentuais (passando de 46,7% para 59,2%). De acordo com o IBGE, as mudanças na estrutura do mercado de trabalho fazem com que os trabalhadores busquem uma formação melhor, com mais qualificação.
O crescente número de carteiras assinadas e profissionais com mais formação resultam em mais dinheiro no fim do mês: o ano de 2010 apresentou a maior média do rendimento médio mensal desde 2003, R$ 1.490,61, o que representou um ganho de 19% em relação a 2003.
Fonte:IBGE
Autoria do texto: Portal Brasil
http://www.brasil.gov.br/

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