15 novembro, 2010

A Proclamação da República

A partir de 1870, a idéia de um governo republicano, com governantes eleitos pelo povo, obtinha cada vez mais adeptos no Brasil. Nesse ano, foi publicado no rio de janeiro o Manisfesto Republicano, que continha 58 assinaturas, entre advogados, médicos, jornalistas e comerciantes. O documento ganhou repercussão em outros estados. Como São Paulo, onde foi fundado, em 1873, o Partido Republicano Paulista. O exército, fortalecido após a Guerra do Paraguai, também passou a simpatizar com a idéia de uma república. Nas escolas para oficiais, por exemplo, Benjamim Constant difundia o ideal republicano e acusava o Imperio de dar pouco valor aos militares. Durante a década de 1880, multiplicaram-se os conflitos entre os militares e o governo.
A partir de 1872, embates entre a Igreja Católica e o governo abalaram outra importante base de apoio do Império. D. Pedro II rejeitou uma bula do papa Pio IX, que deu origem a um mal-estar entre membros do clero brasileiro.
Os religiosos se dividiram entre os que obedeceram à determinação do imperador e os que seguiram as orientações do papa. Estes últimos foram condenados a trabalhos forçados, mas anistiados três anos depois. A Igreja não chegou a conspirar contra o Império, mas tampouco se dispôs a defendê-lo.
Além disso, em 1888, os ricos proprietários de terras, até então defensores da monarquia, sentiram-se traídos com a abolição da escravatura.
Já os cafeicultores do oeste paulista, o centro dinâmico da economia do País, entenderam que a república poderia representar uma via de acesso ao poder federal, do qual ainda estavam excluídos.
Sob esse clima, em 15 de novembro de 1889, tropas lideradas pelo marechal Deodoro da Fonseca invadiram o Palácio do Catete, no Rio de Janeiro e depuseram D. Pedro II, que foi forçado a deixar o País dois dias depois. De modo geral, a República resultou da aliança entre membros do Exército, cafeicultores paulistas e setores médios urbanos, todos alijados do poder político durante o período imperial.

Fonte: Proclamação da República de Benedito Calixto, obra que enaltece o episódio e
Livro didático Os Maiores Acontecimentos da História do Brasil (Ed. Melhoramentos)

Orquestra Sinfonica de Itabaiana - Aquarela do Brasil


vídeo de Tassio Trindade



Marechal Deodoro da Fonseca



BRASIL REPUBLICANO



Após a proclamação da Republica, em 1889, o Brasil inaugurou a era republicana, que perdura até os dias atuais. Desde a posse do marechal Deodoro da Fonseca até 2005, o País teve cerca de três dezenas de presidentes, e sete constituições, sendo três delas outorgadas- ou seja, impostas pelos governantes. Se nas primeiras décadas republicanas o poder esteve em mãos das oligarquias, por cerca de 20 anos o País viveu sob ditadura militar, entre po Golpe de 1964 e a reabertura política. Reinstalado o regime democrático, o Brasil lança-se ao século XXI de olho na globalização.

Fonte: Livro didático Os Maiores Acontecimentos da História do Brasil (Ed. Melhoramentos)





Fonte:brazilianexplorerorg-www.youtube.com

A letra do Hino da Proclamação da República foi escrito por José Joaquim de Campos da Costa de Medeiros e Albuquerque e a música composta por Leopoldo Miguez.


Seja um pálio de luz desdobrado,
Sob a larga amplidão destes céus
Este canto rebel que o passado
Vem remir dos mais torpes labéus.
Seja um hino de glória que fale,
De esperança de um novo porvir,
Com visões de triunfos embale
Quem por ele lutando surgir.

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós
Das lutas, na tempestade
Dá que ouçamos tua voz.

Nós nem cremos que escravos outrora,
Tenha havido em tão nobre país
Hoje o rubro lampejo da aurora,
Acha irmãos, não tiranos hostis.
Somos todos iguais, ao futuro
Saberemos unidos levar,
Nosso augusto estandarte, que puro,
Brilha ovante, da Pátria no altar.

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós
Das lutas, na tempestade
Dá que ouçamos tua voz.

Se é mister que de peitos valentes,
Haja sangue em nosso pendão,
Sangue vivo do herói Tiradentes,
Batizou este audaz pavilhão.
Mensageiro de paz, paz queremos,
É de amor nossa força e poder
Mas da guerra nos transes supremos,
Heis de ver-nos lutar e vencer.

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós
Das lutas, na tempestade
Dá que ouçamos tua voz.


Do Ipiranga é preciso que o brado,
Seja um grito soberbo de fé,
O Brasil já surgiu libertado,
Sobre as púrpuras régias de pé.
Eia pois, brasileiros, avante!
Verde louros colhamos louçãos,
Seja o nosso país triunfante,
Livre terra de livres irmãos!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós
Das lutas, na tempestade
Dá que ouçamos tua voz.





Vocabulário

Audaz: corajoso
Augusto: majestoso
Aurora: nascer do sol
Brado: grito
Estandarte: bandeira
Hostis: inimigos
Labéus: desonras
Lampejo: clarão
Louçãos: vistosos
Louros: glórias
Mister: necessário
Outrora: em outro tempo
Ovante: vitoriante
Pálio: manto
Pendão: bandeira
Porvir: tempo futuro
Púrpuras: vermelhos-escuros
Rebel: revoltoso
Régias: reais
Remir: redimir
Rubro: vermelho
Soberbo: orgulhoso
Tiranos: governantes cruéis
Torpes: repugnantes
Transes supremos: momentos decisivos



Fonte: http://www.suapesquisa.com/pesquisa/


hino_proclamacao_da_republica.htm



Aquarela do Brasil - Alexandre Pires
vídeo: editoraespetaculo - You Tube


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