01 setembro, 2010


Paz como se faz?



A paz no cotidiano

Nosso maior desafio é transformar os valores da Cultura de Paz em realidade na vida cotidiana. Traduzir cada um dos desafios propostos pela Cultura de Paz em realidade, na vida das pessoas.
Preparar a paz, portanto, significa:
.respeitar a vida e a dignidade de cada pessoa, sem discriminar nem prejudicar;
.praticar a não-violência ativa, repelindo a violência em todas suas formas: física, sexual, psicológica, econômica e social, em particular ante os mais fracos e vulneráveis, como as crianças e os adolescentes;
.compartilhar o meu tempo e meus recursos matérias, cultivando a generosidade, a fim de terminar com a exclusão, a injustiça e a opressão política e econômica;
.defender a liberdade de expressão e a diversidade cultural, privilegiando sempre a escuta e o diálogo, sem ceder ao fanatismo, nem a maledicência e ao rechaço ao próximo;
.promover um consumo responsável e um modelo de desenvolvimento que tenha em conta a importância de todas as formas de vida e o equilíbrio dos recursos naturais do planeta;
.contribuir com o desenvolvimento de minha comunidade, propiciando a plena participação das mulheres e o respeito dos princípios democráticos, para criar novas formas de solidariedade.
A Cultura de Paz se insere em um marco de respeito aos direitos humanos e constitui terreno fértil para que se possam assegurar os valores fundamentais da vida democrática, como a igualdade e a justiça social. Essa evolução exige a participação de cada um de nós para dar aos jovens e as gerações futuras valores que os ajudem a forjar um mundo mais digno e harmonioso, um mundo de justiça, solidariedade, liberdade e prosperidade.
É este o desafio a que nos lançamos: construir, em nossa sociedade, uma Cultura de Paz. Trabalhar na educação, na construção solidária de uma nova sociedade, onde o respeito aos direitos humanos e a diversidade se traduzam concretamente na vida de cada cidadão, onde haja espaço para a pluralidade e a vida possa ser vivida sem violência. Cabe lembrar que não se pode pensar que esse desafio seja um sonho ou que estejamos propondo construir a utopia. Pelo contrário, acreditamos, como Margareth Mead, que mesmo um pequeno grupo, porém pensante e comprometido, pode mudar o mundo.
Assim, colocamos em suas mãos um material que irá ajudar a trabalhar os valores da Cultura de Paz na vida cotidiana. Temos certeza de que, aliado a seu empenho pessoal, este material contribuirá para lançar as sementes necessárias para transformar a realidade em que vivemos e construir o mundo mais igual e justo, com que todos nós sonhamos.



Marlova Jovchelovitch Noleto-Coordenadora de Desenvolvimento Social, Projetos Transdisciplinares e do Programa Cultura de Paz da UNESCO-Brasil. Livro Paz Como se faz? Semeando cultura de paz nas escolas-UNESCO

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