30 novembro, 2011

Timbalada-Música Beija Flor


Vídeo feito por:jesusmiguelmtz




Elevador Lacerda-Salvador Bahia


Hoje a homenagem e o nosso especial bom dia é para Bahia.


Bom Dia Bahia! Nós te amamos! O Rio de Janeiro te abraça!


Grandes Escritores Baianos



João Ubaldo Ribeiro, Jorge Amado, Ildásio Tavares, Castro alves, Myriam Fraga, Manuel Querino, Gregório de Matos, Ruy Espinheira e Carlos Ribeiro

Jorge Amado



Biografia
Autoria do texto:Academia Brasileira de Letras- http://www.academia.org.br/



Quinto ocupante da Cadeira 23, eleito em 6 de abril de 1961, na sucessão de Otávio Mangabeira e recebido pelo Acadêmico Raimundo Magalhães Júnior em 17 de julho de 1961. Recebeu os Acadêmicos Adonias Filho e Dias Gomes.
Jorge Amado (J. Leal A. de Faria) foi jornalista, romancista e memorialista. Nasceu na Fazenda Auricídia, em Ferradas, Itabuna, BA, no dia 10 de agosto de 1912 e faleceu no dia 06 de agosto de 2001 em Salvador, BA.
Filho do Cel. João Amado de Faria e de D. Eulália Leal Amado, com um ano de idade, foi para Ilhéus, onde passou a infância e aprendeu as primeiras letras. Cursou o secundário no Colégio Antônio Vieira e no Ginásio Ipiranga, em Salvador - cidade que costumava chamar de Bahia - onde viveu, livre e misturado com o povo, os anos da adolescência, tomando conhecimento da vida popular que iria marcar fundamentalmente sua obra de romancista. Fez os estudos universitários no Rio de Janeiro, na Faculdade de Direito, pela qual foi bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais (1935), não tendo, no entanto, jamais exercido a advocacia.
Aos 14 anos, na Bahia, começou a trabalhar em jornais e a participar da vida literária, sendo um dos fundadores da "Academia dos Rebeldes", grupo de jovens que, juntamente com os do "Arco & Flecha" e do "Samba", desempenhou importante papel na renovação das letras baianas. Comandados por Pinheiro Viegas, figuraram na "Academia dos Rebeldes", além de Jorge Amado, os escritores João Cordeiro, Dias da Costa, Alves Ribeiro, Edison Carneiro, Sosígenes Costa, Válter da Silveira, Áidano do Couto Ferraz e Clóvis Amorim.
Foi casado com Zélia Gattai e com ela teve dois filhos: João Jorge, sociólogo e autor de peças para teatro infantil, e Paloma, psicóloga, casada com o arquiteto Pedro Costa. Foi irmão do médico neuropediatra Joelson Amado e do escritor James Amado.
Em 1945, foi eleito deputado federal pelo Estado de São Paulo, tendo participado da Assembléia Constituinte de 1946 (pelo Partido Comunista Brasileiro) e da primeira Câmara Federal após o Estado Novo, sendo responsável por várias leis que beneficiaram a cultura. Viajou pelo mundo todo. Viveu exilado na Argentina e no Uruguai (1941-42), em Paris (1948-50) e em Praga (1951-52).
Escritor profissional, viveu exclusivamente dos direitos autorais de seus livros. Recebeu no estrangeiro os seguintes prêmios: Prêmio Internacional Lênin (Moscou, 1951); Prêmio de Latinidade (Paris, 1971); Prêmio do Instituto Ítalo-Latino-Americano (Roma, 1976); Prêmio Risit d'Aur (Udine, Itália, 1984); Prêmio Moinho, Itália (1984); Prêmio Dimitrof de Literatura, Sofia - Bulgária (1986); Prêmio Pablo Neruda, Associação de Escritores Soviéticos, Moscou (1989); Prêmio Mundial Cino Del Duca da Fundação Simone e Cino Del Duca (1990); e Prêmio Camões (1995).
No Brasil: Prêmio Nacional de Romance do Instituto Nacional do Livro (1959); Prêmio Graça Aranha (1959); Prêmio Paula Brito (1959); Prêmio Jabuti (1959 e 1970); Prêmio Luísa Cláudio de Sousa, do Pen Club do Brasil (1959); Prêmio Carmen Dolores Barbosa (1959); Troféu Intelectual do Ano (1970); Prêmio Fernando Chinaglia, Rio de Janeiro (1982); Prêmio Nestlé de Literatura, São Paulo (1982); Prêmio Brasília de Literatura - Conjunto de Obras (1982); Prêmio Moinho Santista de Literatura (1984); prêmio BNB de Literatura (1985).
Recebeu também diversos títulos honoríficos, nacionais e estrangeiros, entre os quais: Comendador da Ordem Andrés Bello, Venezuela (1977); Commandeur de l'Ordre des Arts et des Lettres, da França (1979); Commandeur de la Légion d'Honneur (1984); Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal da Bahia (1980) e do Ceará (1981); Doutor Honoris Causa pela Universidade Degli Studi de Bari, Itália (1980) e pela Universidade de Lumière Lyon II, França (1987). Grão Mestre da Ordem do Rio Branco (1985) e Comendador da Ordem do Congresso Nacional, Brasília (1986).
Foi membro correspondente da Academia de Ciências e Letras da República Democrática da Alemanha; da Academia das Ciências de Lisboa; da Academia Paulista de Letras; e membro especial da Academia de Letras da Bahia. Obá do Axê do Opó Afonjá, na Bahia, onde viveu, cercado de carinho e admiração de todas as classes sociais e intelectuais.
Exerceu atividades jornalísticas desde bem jovem quando ingressou como repórter no Diário da Bahia (1927-29), época em que também escrevia na revista literária baiana A Luva. Depois, no Sul, atuou sempre na imprensa, tendo sido redator-chefe da revista carioca Dom Casmurro (1939) e colaborador, no exílio (1941-42), em periódicos portenhos - La Crítica, Sud e outros. Retornando à pátria, redigiu a seção "Hora da Guerra", no jornal O Imparcial (1943-44), em Salvador, e, mudando-se para São Paulo, dirigiu o diário Hoje (1945). Anos após, participou, no Rio, da direção do semanário Para Todos (1956-58).
Estreou na literatura em 1930, com a publicação, por uma editora do Rio, da novela Lenita, escrita em colaboração com Dias da Costa e Édison Carneiro. Os seus livros, que ao longo de 36 anos (de 1941 a 1977) foram editados pela Livraria Martins Editora, de São Paulo, integraram a coleção Obras Ilustradas de Jorge Amado. Atualmente, as obras de Jorge Amado são editadas pela Distribuidora Record, do Rio. Publicados em 52 países, seus livros foram traduzidos para 48 idiomas e dialetos, a saber: albanês, alemão, árabe, armênio, azerbaijano, búlgaro, catalão, chinês, coreano, croata, dinamarquês, eslovaco, esloveno, espanhol, esperanto, estoniano, finlandês, francês, galego, georgiano, grego, guarani, hebreu, holandês, húngaro, iídiche, inglês, islandês, italiano, japonês, letão, lituano, macedônio, moldávio, mongol, norueguês, persa, polonês, romeno, russo (também três em braile), sérvio, sueco, tailandês, tcheco, turco, turcomano, ucraniano e vietnamita.
Teve livros adaptados para o cinema, o teatro, o rádio, a televisão, bem como para histórias em quadrinhos, não só no Brasil mas também em Portugal, na França, na Argentina, na Suécia, na Alemanha, na Polônia, na Tcheco-Eslováquia, na Itália e nos Estados Unidos.


Acidentes domésticos


Semelhante ao acidente desta imagem, aconteceu comigo segunda-feira. Cai no chão da cozinha. Meu cachorro, estava bem próximo de meus pés, quando eu me virei, tropecei nele e fui ao chão. Para não machucá-lo fiz um contorcionismo inacreditável. Felizmente não quebrei nada, mas minha coluna está muito dolorida.
Interessante o amor e a fidelidade que os cães têm conosco. Meu cãozinho ficou muito preocupado comigo caída no chão, por alguns minutos não conseguia me levantar. Ele se deitou do meu lado e demonstrava sua preocupação com lambidinhas... Eu adoro meu cachorro, mas por favor, não deixem seus cães transitando na cozinha, como eu fiz. Fui imprudente. Muitos acidentes graves acontecem com adultos e crianças, por nossa própria imprudência!

Existem diversos procedimentos, muito eficazes que podem reduzir o risco de acidentes domésticos. Pesquisei no excelente Portal (português) da Saúde e divulgo as orientações para vocês.
Vamos tomar todas estas precauções
:




Os acidentes domésticos são muito comuns. Mesmo com todo o cuidado, há objetos e situações que representam risco e podem provocar acidentes. Para as crianças e para os idosos, em especial, todas as divisões da casa podem representar um enorme risco.


Um tapete que não está devidamente assente com proteção antiderrapante, uma gaveta da cômoda aberta, a porta de um armário, um fio do telefone solto, podem provocar quedas e traumatismos com consequências muito graves. Por vezes, esses acidentes são tão graves que podem levar à morte.


Quais são os fatores de risco ou causas mais frequentes de acidentes domésticos?


• Escorregar ao andar sobre pisos molhados, úmidos ou encerados;
• Andar de meias ou usar chinelos e sapatos mal apertados;
• Móveis no meio do caminho (gavetas abertas, por exemplo), principalmente entre o quarto e a casa de banho;
• Escadas com degraus de tamanhos diferentes;
• Tapetes nos quartos, banheiros, corredores e outras divisões da casa;
• Pouca iluminação;
• Estar em pé em cima de um banco ou cadeira;
• Tonturas ao levantar-se;
• Visão alterada pela idade;
• Perda do equilíbrio, muitas vezes causada por remédios;
• Nos mais idosos, enfraquecimento dos ossos e dos músculos;
• Soleiras das portas não niveladas com o chão.

Quais são os fatores de risco ou causas mais frequentes de acidentes domésticos envolvendo idosos?
• Visão e audição deficientes;
• Enfraquecimento dos ossos e dos músculos;
• Problemas de locomoção ou osteoarticulares e tremores;
• Fatores do ambiente;
• Iluminação deficiente;
• Inexistência de corrimão ou de barras de segurança, nomeadamente na banheira;
• Mobília instável;
• Pavimento escorregadio;
• Calçado não apropriado.



Acidentes domésticos com criança


Objetos perigosos
As crianças pequenas não têm capacidade para avaliar o perigo, pelo que qualquer objeto que encontram em casa pode transformar-se num brinquedo muito interessante.
Botões, tampas e rolhas de garrafas, moedas, pregos pequenos, parafusos e até brinquedos com peças demasiado pequenas são uma atração irresistível para crianças até aos três anos, que gostam de levar tudo à boca. Mas consistem um grande perigo, pois as crianças podem engasgar-se e até sufocar.

Causas dos acidentes


Sabia, por exemplo, que as quedas são a principal causa de acidentes domésticos com crianças? Seguem-se os cortes, as queimaduras e as intoxicações.
Atitudes que podem salvar
Não se limite a proibir as crianças de fazerem isto ou aquilo; deve procurar ensiná-las e alertá-las para os riscos que certos atos envolvem, para que elas possam desenvolver a noção do que é o perigo e do que são comportamentos perigosos. Mesmo quando as crianças são pequenas e a explicação requer muita paciência.
E, sobretudo, dê o exemplo: as crianças imitam os adultos.
Sempre que necessário, explique à criança porque é que as suas ações lhe são permitidas a si e a ela não, apontando razões de idade, capacidade, responsabilidade, segurança, etc.


Cuidados com medicamentos
• Todos os medicamentos devem ser guardados fora do alcance das crianças, em lugares altos e, de preferência, em armários ou caixas bem fechadas;
• Não tome, nem dê medicamentos sem prescrição ou orientação médica;
• Não deixe os seus medicamentos ao alcance das crianças e, de preferência, não os tome à frente delas, pois estas tendem a imitá-lo;
• Não use remédios cujo prazo de validade já expirou ou cujas embalagens estão deterioradas. Junte-os e entregue-os na farmácia mais próxima.



Cuidados com escadas
• As escadas devem ter um corrimão de apoio e o piso não deve ser liso (escorregadio);
• Se tem crianças pequenas, principalmente se estão na fase de gatinhar ou a começar a andar, coloque proteções e barreiras (portões) em todos os acessos da casa às escadas;
• Não se esqueça de fechar as proteções e barreiras dos acessos às escadas depois de passar. Um portão mal fechado é como se não existisse.



Cuidados com janelas e varandas
• Coloque grades ou redes de proteção em todas as janelas e varandas. São as únicas formas de evitar acidentes graves em apartamentos. Uma porta ou uma janela aberta, representam um grande perigo. Há muitas quedas de crianças em consequência de janelas e portas abertas.



Cuidados com piscinas, lagos, lagoas e até na praia
• Nunca deixe a criança sozinha perto de uma piscina, mesmo que esta seja própria para ela;
• Nunca deixe uma criança sozinha na piscina, seja em que circunstância for. Muitos afogamentos de crianças até aos 4 anos ocorrem porque os adultos se ausentam por “um minuto”, para atender o telefone, ir buscar o lanche, etc.
• Esteja atento às brincadeiras das crianças na água;
• Coloque braçadeiras ou coletes às crianças que não sabem nadar, mesmo quando elas estão a brincar ao pé da piscina. Se escorregarem e caírem para dentro da água estarão mais protegidas; • Se tem piscina em casa, coloque uma vedação ou tela de proteção à volta, de forma a impedir que a criança tenha acesso à água.



Cuidados na cozinha
• Não deixe crianças sozinhas na cozinha;
• Guarde facas e objetos cortantes em locais pouco acessíveis;
• Não deixe tachos e panelas ao lume sem ninguém na cozinha e tenha especial cuidado com líquidos quentes, como sopa ou água a ferver, já que queimaduras com líquidos quentes são frequentes em crianças;
• Não deixe os bicos do fogão ligados quando acaba de cozinhar;
• Vire os cabos das frigideiras para o interior do fogão, para evitar que as crianças tentem pegar-lhes;
• Pode remover os botões do fogão quando este não estiver em uso;
• Guarde bem os fósforos, pois as crianças não têm medo do fogo e certas brincadeiras podem provocar incêndios;
• Torradeiras, bules, garrafas térmicas e outros equipamentos devem ser mantidos fora do alcance das crianças;
• Cuidado ao utilizar panelas de pressão. Cumpra sempre as indicações do fabricante;
• Tenha cuidado na utilização do gás no fogão. Acenda o fósforo antes de abrir o gás. Se o seu fogão tiver acendedor elétrico, acenda primeiro o gás, no mínimo, e só então acione o acendedor;
• Quando acender o forno, coloque-se de lado e não em frente do fogão;
• Use apenas toalhas, aventais e panos de tecidos naturais. Evite usar roupa de tecidos sintéticos e aventais de plástico quando está a cozinhar;
• Na utilização do microondas, não cubra alimentos com papéis metalizados nem coloque, no seu interior, louças com decoração prateada ou dourados (causam faíscas).



Cuidados com produtos de limpeza e outros produtos tóxicos
• Seja na cozinha, dispensa ou em qualquer outra divisão da casa ou no jardim, guarde estes produtos em locais inacessíveis a crianças e a animais;
• Há fechos e protetores (inclusive cadeados) que impedem a abertura de armários e gavetas da cozinha ou de outros locais;
• São produtos tóxicos, muitas vezes até inflamáveis, e a sua ingestão ou inalação pode ter consequências graves ou até fatais;
• Nunca coloque detergentes, lixívia, inseticidas ou pesticidas em garrafas de água de plástico já usadas, porque as crianças podem ingerir o produto pensando ser água, resultando num acidente com grande gravidade.


Cuidados com eletricidade e tomadas
• Se possível, todas as tomadas devem ter ligação terra;
• Instale protetores adequados em todas as tomadas da casa, para evitar choques elétricos;
• Esteja sempre alerta, pois uma tomada tem uma atração especial para as crianças que estão na fase de gatinhar ou até um pouco mais crescidas, parecendo os locais ideais para tentarem enfiar os dedos e os mais variados objetos.



Cuidados com objetos pontiagudos ou cortantes
• Facas, tesouras, chaves-de-fendas e outros objetos perfuradores nunca devem ser dados às crianças para elas brincarem. Mantenha esses objetos em locais fechados e a que a criança não tenha acesso.



Cuidados com a tábua e o ferro de passar roupa
• Nunca deixe o ferro ligado com o fio desenrolado e ao alcance das crianças. Além da alta temperatura, é perigoso pelo seu peso e pela ligação à eletricidade;
• Evite o uso de tábuas de passar roupa que possam ser puxadas para baixo.



Cuidado com armas
• Não tenha armas em casa. Se tiver, arrume-as ou guarde-as longe do alcance das crianças;
• Nunca tenha as armas carregadas em casa;
• Nunca deixe as munições junto à arma. Guarde-as em local seguro e inacessível às crianças.


Outros riscos
• Nunca deixe bebidas alcoólicas ao alcance de crianças;
• Procure ajuda médica, se o seu filho engolir uma substância não alimentar;
• Anote os números dos telefones do seu pediatra, do hospital, dos centros de envenenamento e de outros centros de ajuda em local bem visível (por exemplo, ao pé do telefone);
• Leia atentamente os rótulos das embalagens antes de usar qualquer produto;
• Ensine as crianças a não aceitarem bebidas, comida, doces que lhes sejam oferecidos por adultos que não conhecem;
• Não deixe que crianças com idade inferior a 10 anos andem sozinhas de elevador.



Como prevenir acidentes domésticos envolvendo bebês
Cuidados com potenciais quedas
• Nunca deixe o bebê ou a criança sozinha em cima de uma cama, bancada ou móvel onde muda as fraldas e a roupa;
• Tenha as fraldas, as toalhinhas de limpeza e os cremes necessários sempre à mão;
• Prepare as roupas que lhe vai vestir com antecedência e tenha-as à mão na altura em que vai vestir a criança.



Cuidados com camas de grades
• Use cama de grades, pois evitam que o bebê ou a criança caia da cama;
• Assegure-se de que os espaços entre as barras do berço são adequados. Normalmente as grades são adaptáveis em altura, para facilitar o colocar e tirar a criança da cama;
• Não se esqueça de verificar se a grade está bem colocada depois de pôr a criança na cama;
• Tome cuidado quando a criança começar a mostrar movimentos de sentar, gatinhar ou ficar de pé; está na altura de adequar a grade, se for o caso, às suas novas capacidades;
• Verifique se o estrado está bem seguro e que o colchão é adequado;
• Não deixe brinquedos dentro do berço ou da cama do bebê



Cuidados com o banho
• Nunca deixe o seu filho sozinho na banheira, seja qual for a circunstância. Mesmo com água rasa é perigoso. Uns segundos bastam para que se afogue;
• Verifique a temperatura da água com um termômetro ou com o seu cotovelo, para evitar queimar a criança se a água estiver demasiado quente;
• Use tapetes ou formas antiderrapantes na banheira.


Cuidados com brinquedos
• Os brinquedos devem ser suficientemente grandes para não poderem ser engolidos e suficientemente resistentes para não lascarem ou partirem;
• Verifique os rótulos e etiquetas dos brinquedos para saber quais os materiais de que são feitos, evitando, por exemplo, o risco de alergias;
• Os brinquedos não devem ter arestas ou serem pontiagudos;
• Compre brinquedos adequados à idade da criança e verifique se os oferecidos também são apropriados


Outros riscos
• Sacos plásticos, fios de telefone soltos, almofadas e travesseiros altos e fofos podem asfixiar ou estrangular;
• Não ponha cordões à volta do pescoço da criança para segurar as chupetas;
• Não permita que a criança brinque com objetos pequenos que possa engolir;
• Não beba líquidos quentes com o seu filho no colo. Mantenha os líquidos quentes (café, chá, etc.) fora do alcance dele;
• Proteja os cantos das mesas e de outros móveis que possam significar perigo para o bebê.



Bom dia Brasil! Bom dia para todos os brasileiros! Bom dia para todos os corações do mundo!
Muita paz e saúde


Aqui no Camorim, próximo à Floresta do Maciço da Pedra Branca, acordamos com o canto dos pássaros. Já não são tantos como no passado, devido ao crescimento do bairro, mas ainda podemos desfrutar de muita natureza e ar puro.
Costumo ir no portão para dar Bom dia, com um enorme sorriso, para todas as pessoas que passam na minha frente. Algumas respondem sorrindo também, mas outras me respondem aborrecidas ou seguem indiferentes.
Eu continuo sorrindo e comentando com alguns moradores, sobre a importância da natureza em nossas vidas. O quanto nos faz bem ouvir os pássaros cantando, apreciarmos a fauna e a flora, todo este verde tão próximo e o azul do céu. Possibilidades que temos por todo nosso amado Brasil.
Infelizmente algumas pessoas não acreditam nos benefícios que a natureza nos propicia e dizem que não têm tempo para estas bobagens ou que os sofrimentos e as dificuldades são tantas que o contato com a natureza não tem o menor valor.
Realmente há situações em nossa vida, muito difíceis. E, parece que aquele momento ruim nunca vai passar.
Se não encontrarmos forças a depressão nos domina. Por isso, não podemos equivocadamente, escolher o isolamento, o mau-humor e a irritação para nossos companheiros:
Oi! Como vai? Que belo dia está fazendo hoje!
Belo nada! Acho até que vai chover, ouvi dizer que vai cair o maior temporal! E, não estou nada bem! Estou péssimo!
HÁ! Meu amigo, não perca as esperanças! Tudo vai melhorar! O importante é que moramos numa cidade tão aprazível, O Rio de Janeiro é tão lindo... Nosso Bairro tem tanto verde, tantos pássaros....
Não me venha falar de pássaros! Se na minha vida, cada dia as coisas pioram!
Compreendendo e respeitando o momento e a dor do próximo, (até porque, eu também tenho minhas dificuldades), para todos os aflitos eu respondo, vá com Deus! Tenha fé!
Mas, sigo incentivando a todos a perceberem os exemplos de esperanças e renovação, os inúmeros ensinamentos que a natureza nos doa, para que possamos exercitar em nossa vida. Como esta bela lição:
Os pássaros cantam e reconstroem seus ninhos rapidamente após a tempestade.

29 novembro, 2011




Bom dia Brasil!


Bom dia para cada coração do Brasil e do mundo! Renovemos nossas esperanças, acreditando que cada amanhecer é uma nova oportunidade para lutarmos por nossa felicidade.
Se você estiver alegre esta manhã, sorria! Se estiver triste, sorria também! Sorria sempre!
Acredite no poder da alegria e do otimismo e principalmente deixe sua luz interior brilhar.
Solte a criatividade. Faça alguma atividade divertida e saudável, mesmo que por alguns minutos. Nada de complicado! Ouça uma música alegre, cante, dance... Porque se você crê na sua força interior, tudo a sua volta se ilumina.
A proposta é que você se liberte da ansiedade, do stress e das angústias. Desenhe num papel tudo o que deseja, bem colorido, com muita fé! E, sempre busque estas imagens como inspiração! Só não esqueça que Deus talvez não te dê exatamente o que pediu, mas sim o que você precisa, para seu próprio Bem e aprendizado. De qualquer forma, esteja certo de que Ele sempre nos ouve e nos envia inúmeros benefícios.
Se esforce diariamente, para sair do padrão do desânimo e você verá a diferença! De repente, surgirá aquela ideia maravilhosa que vai transformar sua vida!
Eu sei que os problemas são muitos, mas tente! A sua felicidade só depende de você.

28 novembro, 2011


Audioteca Sal e Luz

Venho divulgar o trabalho maravilhoso que é realizado na Audioteca Sal e Luz e que corre o risco de acabar.
A Audioteca Sal e Luz é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que produz e empresta livros falados (audiolivros).

Mas o que é isto?
São livros que alcançam cegos e deficientes visuais (inclusive os com dificuldade de visão pela idade avançada), de forma totalmente gratuita.

Seu acervo conta com mais de 2.700 títulos que vão desde literatura em geral, passando por textos religiosos até textos e provas corrigidas voltadas para concursos públicos em geral. São emprestados sob a forma de fita K7, CD ou MP3.

Nos ajude divulgando!!!

Se você conhece algum cego ou deficiente visual, fale do nosso trabalho, DIVULGUE!!!
Para ter acesso ao nosso acervo, basta se associar na nossa sede, que fica situada à Rua Primeiro de Março, 125 - Centro. RJ.
Não precisa ser morador do Rio de Janeiro.

A outra opção foi uma alternativa que se criou, face à dificuldade de locomoção dos deficientes na nossa cidade.
Eles podem solicitar o livro pelo telefone, escolhendo o título pelo site, e enviaremos gratuitamente pelos Correios.

A nossa maior preocupação reside no fato que, apesar do governo estar ajudando imensamente, é preciso apresentar resultados. Precisamos atingir um número significativo de associados, que realmente contemplem o trabalho, senão ele irá se extinguir e os deficientes não poderão desfrutar da magia da leitura.

Só quem tem o prazer na leitura, sabe dizer que é impossível imaginar o mundo sem os livros...

Ajudem-nos. Divulguem!

Atenciosamente,

Christiane Blume - Audioteca Sal e Luz. Rua Primeiro de Março, 125- 7º Andar. Centro - RJ. CEP 20010-000
Fone: (21) 2233-8007 (21) 2233-8007
Horário de atendimento: 08:00 às 16:00 horas

http://audioteca.org.br/noticias.htm

A Audioteca não precisa de Dinheiro, mas de DIVULGAÇÃO! Então conto com a ajuda de vocês: repassem! Eles enviam para as pessoas de graça, sem nenhum custo. É um belo trabalho! Quem puder fazer com que a Audioteca chegue à mídia, por favor fique à vontade. É tudo do que eles precisam.
Literatura Mineira

Cyro dos Anjos grande escritor mineiro



A literatura mineira se desenvolveu ainda no séc. XVIII, quando Vila Rica, atual Ouro Preto, tornou-se centro econômico e político da então Colônia Portuguesa, formando a primeira geração literária brasileira. Na época do ouro, os poetas árcades, como Tomás Antônio Gonzaga, Alvarenga Peixoto e Cláudio Manoel da Costa, se inspiravam na paisagem local e em ideais bucólicos. Mas alguns deles acabaram se envolvendo na questão política da região que eclodiu na Inconfidência Mineira, no fim do século.
Já no século XIX, no Romantismo e, depois, no Simbolismo, surgem expoentes mineiros como Bernardo Guimarães e Alphonsus de Guimaraens, respectivamente.
O século XX, desde seu início, é marcado pela volta de Minas ao cenário literário nacional com grande projeção. Um dos grandes marcos é a produção literária de Carlos Drummond de Andrade, nascido em Itabira, no ano de 1902. Formado em farmácia - por insistência da família - o escritor se uniu a outros autores, dentre eles Emílio Moura, e fundou "A Revista", para divulgar o Modernismo no Brasil. Uma das principais temáticas do autor é sua terra natal. Só mineiros sabem. E não dizem nem a si mesmos o irrevelável segredo chamado Minas.
Um dos maiores escritores do Estado: o também médico e diplomata João Guimarães Rosa, nascido em Cordisburgo. Em 1946, com o lançamento de Sagarana, ele revoluciona a literatura brasileira com seu experimentalismo lingüístico, buscando nas tradições orais e na fala do sertanejo a matéria-prima para sua escrita. Essa fusão recria o imaginário a respeito do sertão e torna a obra de Guimarães Rosa ainda mais singular.

"Quando escrevo, repito o que já vivi antes. E para estas duas vidas, um léxico só não é suficiente. Em outras palavras, gostaria de ser um crocodilo vivendo no rio São Francisco. Gostaria de ser um crocodilo porque amo os grandes rios, pois são profundos como a alma de um homem. Na superfície são muito vivazes e claros, mas nas profundezas são tranqüilos e escuros como o sofrimento dos homens."

Entre outros importantes escritores mineiros, podemos lembrar ainda de nomes como Abgar Renault, Cyro dos Anjos, Murilo Rubião, Affonso Romano de Sant'Anna, Murilo Mendes, Otto Lara Resende, Paulo Mendes Campos, Fernando Sabino, Henriqueta Lisboa, Oswaldo França Júnior, Roberto Drumond, Bartolomeu Campos de Queiroz e Ziraldo. Mas a literatura mineira reflete sua diversidade e criatividade também nas novas gerações de escritores que experimentam estilos e gêneros, apontando para o novo, para o que ainda está sendo escrito, descoberto, na prosa, na poesia, no ensaio, na ficção.


Autoria do texto: http://www.mg.gov.br/
Minas Gerais
Hoje escolhi Minas Gerais para homenagearmos. Bom dia linda cidade de Minas. Um grande abraço do Rio de Janeiro! Nós te amamos. Minas Gerais é do Brasil!!!


Música Oh! Minas Gerais


Letra foi feita pelo compositor mineiro José Duduca de Morais, o De Moraes, gravada em 1942


Oh! Minas Gerais (bis)
Quem te conhece não esquece jamais
Oh! Minas Gerais...

Lindos campos batidos de sol, ondulando num verde sem fim...
E montanhas que à luz do arrebol têm perfume de rosa e jasmim...
Vida calma nas vilas pequenas rodeadas de campos em flor
Doce terra de matas amenas, paraíso de sonho e amor...

Lavradores de pele tostada, boiadeiros vestidos de couro...
Operários da indústria pesada, garimpeiros de pedra e de ouro...
E poetas de doce memória e valentes heróis imortais...
Todos eles figuram na história do Brasil e de Minas Gerais



Vídeo:vereadorchicofoguete

Bom dia Brasil!! Bom dia linda nação Brasileira! Bom dia para cada coração deste planeta!

Que esta semana seja de muita paz, muita fraternidade e renove as esperanças de todos aqueles que se sintam aflitos. Que venham muitas vitórias para todos nós, mas que não esqueçamos que as melhores conquistas são obtidas com ânimo e esforço.
Muitas dificuldades são superadas e metas são alcançadas, quando conseguimos manter uma atitude serena e segura.
Fé em Deus!



Cantor Diogo Nogueira-Música Fé em Deus

Vídeo feito por Iaosluka

Fé em Deus/composição de Flavinho Silva

A luta está difícil, mas não posso desistir
Depois da tempestade, flores voltam a surgir
Mas quando a tempestade demora a passar
A vida até parece fora do lugar
Não perca a fé em Deus, fé em Deus
Que tudo irá se acertar

Pois o sol de um novo dia vai brilhar
E essa luz vai refletir na nossa estrada
Clareando de uma vez a caminhada
Que nos levará direto ao apogeu
Tenha fé, nunca perca a fé em Deus

Pra quem acha que a vida não tem esperança
Fé em Deus
Pra quem estende a mão e ajuda a criança
Fé em Deus
Pra quem acha que o mundo acabou
Pra quem não encontrou um amor
Tenha fé, vá na fé
Nunca perca a fé em Deus

Pra quem sempre sofreu e hoje em dia é feliz
Fé em Deus
Pra quem não alcançou tudo que sempre quis
Fé em Deus
Pra quem ama, respeita e crê
E pra aquele que paga pra ver
Tenha fé, vá na fé
Nunca perca a fé em Deus

Aquilo que não mata só nos faz fortalecer
Vivendo aprendi que é só fazer por merecer
Que passo a passo um dia a gente chega lá
Pois não existe mal que não possa acabar
Não perca a fé em Deus, fé em Deus
Que tudo irá se acertar

Pois o sol de um novo dia vai brilhar
E essa luz vai refletir na nossa estrada
Clareando de uma vez a caminhada
Que nos levará direto ao apogeu
Tenha fé, nunca perca a fé em Deus

Pra quem acha que a vida não tem esperança
Fé em Deus
Pra quem estende a mão e ajuda a criança
Fé em Deus
Pra quem acha que o mundo acabou
Pra quem não encontrou um amor
Tenha fé, vá na fé,
Nunca perca a fé em Deus

Pra quem sempre sofreu e hoje em dia é feliz
Fé em Deus
Pra quem não alcançou tudo que sempre quis
Fé em Deus
Pra quem ama, respeita e crê
E pra aquele que paga pra ver
Tenha fé, vá na fé, nunca perca a fé em Deus

27 novembro, 2011





Bom dia Brasil! Minha pátria amada. Bom dia para todos os países e para cada coração deste planeta!




Hoje à tarde meus amigos, vou participar do Evento da Associação Cultural do Camorim, ainda em comemoração ao Dia de Zumbi dos Palmares e da Consciência Negra.
O tempo aqui está chuvoso, mas não é chuva forte. Está bem gostosinho... Apropriado para o aconchego no lar ao lado do esposo, da esposa e dos filhos. Sugerindo-nos darmos aquele abraço, e o carinho, que o tempo sempre corrido faz com que nos esqueçamos que a família é o que temos de mais precioso.
Depois do almoço, dá um soninho... Mas, nada de dormir a tarde inteira! Que tal um bom filme com pipoca bem quentinha? Ao anoitecer, é bem-vindo um belo romance dos nossos grandes autores. E, acompanhando a leitura, suaves músicas clássicas... Chopin, Beethoven... Completarão perfeitamente as boas escolhas deste domingo.
É o que vou fazer, quando eu voltar do evento. Amanhã eu conto como foi e posteriormente, vocês verão as fotos aqui no Blog.


Iniciamos nosso dia, com as belas poesias de Castro Alves e Cruz e Souza


Muita Paz! Bom Dia!!!






O Livro e a América

Talhado para as grandezas,
Pra crescer, criar, subir,
O Novo Mundo nos músculos
Sente a seiva do porvir.
— Estatuário de colossos —
Cansado doutros esboços
Disse um dia Jeová:
"Vai, Colombo, abre a cortina
"Da minha eterna oficina...
"Tira a América de lá".

Molhado inda do dilúvio,
Qual Tritão descomunal,
O continente desperta
No concerto universal.
Dos oceanos em tropa
Um — traz-lhe as artes da Europa,
Outro — as bagas de Ceilão...
E os Andes petrificados,
Como braços levantados,
Lhe apontam para a amplidão.


Olhando em torno então brada:
"Tudo marcha!... Ó grande Deus!
As cataratas — pr'a terra,
As estrelas — para os céus.
Lá, do pólo sobre as plagas,
O seu rebanho de vagas
Vai o mar apascentar...
Eu quero marchar com os ventos,
Com os mundos... co'os
firmamentos!!!"
E Deus responde — "Marchar!"

"Marchar! ... Mas como?... Da Grécia



Nos dóricos Partenons,
A mil deuses levantando
Mil marmóreos Panteons?...
Marchar co'a espada de Roma
— Leoa de ruiva coma
De presa enorme no chão,
Saciando o ódio profundo. . .
— Com as garras nas mãos do mundo,
— Com os dentes no coração?...


Marchar!... Mas como a Alemanha
Na tirania feudal,
Levantando uma montanha
Em cada uma catedral?...
Não!... Nem templos feitos de ossos,
Nem gládios a cavar fossos
São degraus do progredir...
Lá brada César morrendo:
"No pugilato tremendo
"Quem sempre vence é o porvir!"



Filhos do sec’lo das luzes!
Filhos da Grande nação!
Quando ante Deus vos mostrardes,
Tereis um livro na mão:
O livro — esse audaz guerreiro
Que conquista o mundo inteiro
Sem nunca ter Waterloo...
Eólo de pensamentos,
Que abrira a gruta dos ventos
Donde a Igualdade voou!...



Por uma fatalidade
Dessas que descem de além,
O sec'lo, que viu Colombo,
Viu Guttenberg também.
Quando no tosco estaleiro
Da Alemanha o velho obreiro
A ave da imprensa gerou...
O Genovês salta os mares...
Busca um ninho entre os palmares
E a pátria da imprensa achou...



Por isso na impaciência
Desta sede de saber,
Como as aves do deserto
As almas buscam beber...
Oh! Bendito o que semeia
Livros... livros à mão cheia...
E manda o povo pensar!
O livro caindo n'alma
É germe — que faz a palma,
É chuva — que faz o mar.



Vós, que o templo das idéias
Largo — abris às multidões,
P'ra o batismo luminoso
Das grandes revoluções,
Agora que o trem de ferro
Acorda o tigre no cerro
E espanta os caboclos nus,
Fazei desse "rei dos ventos"
— Ginete dos pensamentos,
— Arauto da grande luz! ...



Bravo! a quem salva o futuro
Fecundando a multidão! ...
Num poema amortalhada
Nunca morre uma nação.
Como Goethe moribundo
Brada "Luz!" o Novo Mundo
Num brado de Briaréu...
Luz! pois, no vale e na serra...
Que, se a luz rola na terra,
Deus colhe gênios no céu
!...


Castro Alves
Do livro:Literatura Comentada-Castro Alves--Castro Alves

Sempre o Sonho



Para encantar os círculos da Vida
é ser tranqüilo, sonhador, confiante,
sempre trazer o coração radiante
como um rio e rosais junto de ermida.

Beber na vinha celestial, garrida
das estrelas o vinho flamejante
e caminhar vitorioso e ovante
como um deus, com a cabeça enflorescida.

Sorrir, amar para alargar os mundos
do Sentimento e para ter profundos
momentos e momentos soberanos.

Para sentir em torno à terra ondeando
um sonho, sempre um sonho além rolando
vagas e vagas de imortais oceanos.




Cruz e Sousa
Do livro: Literatura Comentada-Cruz e Sousa

26 novembro, 2011

Dalai Lama

Minha mensagem é a prática do amor, da compaixão e da bondade. Estas qualidades são muito úteis para vivermos nosso cotidiano mais harmoniosamente, e também muito importantes para a sociedade humana como um todo.

Uma profunda compaixão é a raiz de todas as formas de adoração.

Onde quer que eu vá, sempre aconselho as pessoas a serem altruístas e bondosas. Tento concentrar toda a minha energia e força espiritual na disseminação da bondade. É o que há de mais essencial.

A bondade é o que realmente importa. A bondade, o amor e a compaixão combinados são sentimentos que levam à essência da fraternidade. São os alicerces da paz interior.

Com sentimentos de ódio e rancor, é muito difícil alcançar a paz interior. Neste sentido, as religiões e crenças são convergentes. Em todas as grandes religiões do mundo, a ênfase é no espírito de fraternidade.

...Mesmo que não possamos resolver certos problemas, não devemos nos frustrar. Como humanos devemos enfrentar a morte, a velhice e doenças, que, tal qual um furacão, são fenômenos naturais que fogem ao nosso controle. Devemos enfrentá-los, não podemos evitá-los. São sofrimentos que já bastam em nossa vida. Por que criarmos mais problemas por apego à nossa ideologia ou porque pensamos de maneira diferente? É inútil e triste! Milhões de pessoas sofrem com esse tipo de problema. É um verdadeiro desperdício, visto que podemos evitar o sofrimento adotando uma atitude diferente e reconhecendo a humanidade à qual as ideologias deveriam servir.

Rancor, ódio, ciúme: não é possível encontrar a paz com eles. Podemos resolver muitos de nossos problemas por meio da compaixão e do amor. Só assim nos desarmaremos e encontraremos a verdadeira felicidade. Uma das maiores virtudes é a compaixão. A compaixão não pode ser comprada numa loja de departamentos ou fabricada por máquinas. Ela advém do crescimento interior. Sem paz de espírito, é impossível haver paz no mundo.

Na nossa vida, cultivar a tolerância é muito importante. Com tolerância, pode-se facilmente superar as dificuldades. Caso você tenha pouca ou nenhuma tolerância, ficará irritado com as mínimas coisas. Em situações difíceis, terá reações extremadas. Em minha vida, já refleti muito a respeito desta questão e sinto que a tolerância é algo que deve ser praticado no mundo inteiro, no seio da sociedade humana. Mas, quem nos ensina tolerância? Pode ser que seus filhos o ensinem a cultivar a paciência, mas é seu inimigo quem irá ensinar-lhe a prática da tolerância. O inimigo é seu mestre. Mostre-lhe respeito, ao invés de ódio. Dessa forma, a verdadeira compaixão irá brotar de seu interior e essa compaixão é a base de tudo aquilo que você é e acredita
Bens e compensações materiais são absolutamente necessários à sociedade humana, a um país, a uma nação. Ao mesmo tempo, o progresso material e a prosperidade somente não podem levar à paz interior. A paz interior vem de dentro. Portanto, nossa atitude perante a vida, perante os outros e principalmente em relação às nossas dificuldades conta muito. Quando duas pessoas enfrentam o mesmo problema, atitudes mentais distintas fazem com que o problema seja de mais fácil resolução para uma pessoa do que para outra. Desta forma, o que realmente nos diferencia é a perspectiva interna de cada um.

Se colocarmos os níveis de consciência mais sutis a nosso serviço, estaremos expandindo nossa mente. Assim sendo, as virtudes originárias da mente podem se expandir ilimitadamente.

A compaixão e o amor são as virtudes mais preciosas da vida. Por serem muito simples, são difíceis de serem colocados em prática. A compaixão só poderá ser plenamente cultivada à medida que se reconhece que cada ser humano é parte da humanidade e pertencente à família humana, independente de religião, raça, cultura, cor e ideologia. A verdade é que não há diferença alguma entre os seres humanos.

Sem amor, a sociedade humana encontra-se em situação difícil. Sem amor, iremos enfrentar problemas terríveis no futuro. O amor é o centro da vida.

Autoria do texto:Leia esta mensagem na íntegra em Dalai Lama/http://www.dalailama.org.br





Violência contra crianças e adolescentes
´

http://www.observatoriodainfancia.com.br/article.php3?id_article=167



Dr. Lauro Monteiro



Nos últimos 25 anos fiz inúmeras palestras e entrevistas para a mídia. As perguntas mais freqüentes, feitas nestas ocasiões, são resumidas e reproduzidas, abaixo, junto com as respostas dadas. Minha expectativa é que esta seção possa fornecer subsídios para todos aqueles que atuam na defesa dos direitos de crianças e adolescentes.


Por que pais maltratam filhos?
Eu diria: antes de tudo por hábito - culturalmente aceito há séculos. É comum pais afirmarem que apanharam de seus pais e são felizes. A eles dizemos que as coisas mudaram e que, hoje, devemos buscar outras formas de educar os filhos. Educá-los e estabelecer limites, com segurança, com autoridade, mas sem autoritarismo, com firmeza, mas com carinho e afeto. Nunca com castigo físico. A violência física contra crianças é sempre uma covardia. O maltrato, em qualquer forma, é sempre um abuso do poder do mais forte contra o mais fraco. Afinal, a criança é frágil, em desenvolvimento, e totalmente dependente física e afetivamente dos seus pais. Nesse sentido, acredito que a palmada se insira como uma forma de reconhecimento da insegurança, da fraqueza, da incompetência, dos pais para educar seus filhos, necessitando usar a força física. Não podemos esquecer também do modelo de violência que transmitimos e perpetuamos nas relações em família, quando estabelecemos limites com violência. Os filhos aprendem a solução de conflitos pela força - e tenderão a reproduzir esse modelo não só junto às suas famílias, mas em todas as relações interpessoais, na rua ou no trabalho. Inúmeros fatores ajudam a precipitar a violência de pais contra filhos: o alcoolismo e o uso de outras drogas, a miséria, o desemprego, a baixa auto-estima, problemas psicológicos e psiquiátricos. Nesse entendimento, achamos que pais que maltratam seus filhos devem ser orientados sempre e tratados e punidos, se necessário.

Como e por que ocorre o abuso sexual?
O abuso sexual é freqüente e ocorre em todas as classes sociais e estratos econômicos, em todos os países do mundo, bem como as outras formas de maus-tratos, o físico, o psicológico e a negligência. O abusador sexual, ou seja, aquele que se utiliza de uma criança ou adolescente para sua satisfação sexual, é, antes de tudo, um doente. À sociedade, porém, aparenta freqüentemente ser um indivíduo normal. O abuso sexual intrafamiliar inicia-se geralmente muito cedo, quando a criança tem cerca de cinco anos, e é um ato progressivo, um misto de carinho e afagos, com ameaças - não conte nada à mamãe, você é a filha de que mais gosto, você é minha preferida, ou, não conte para ninguém, é um segredo nosso, ou, ainda, se falar para sua mãe, ela vai te castigar e botar você na rua. Com medo e remorso, mas também com prazer, a criança vai aceitando a relação com o pai agressor. Sim, porque na maioria das vezes, o abuso sexual é praticado pelo pai biológico, contra a filha - e às vezes contra o filho. É uma situação patológica de toda a família. Progressiva, pode chegar, na adolescência, à penetração vaginal e à gravidez. Raramente é acompanhada de violência física, ou deixa marcas evidentes. Contudo, as conseqüências para a vida social e sexual da criança serão sérias. O abuso sexual intrafamiliar é diferente da exploração sexual de crianças e adolescentes, situação em que o comércio está envolvido. E é sempre um ato de criminosos contra crianças ou adolescentes, que não têm outra opção. Frequentemente o abusador sexual de crianças e adolescentes é um pedófilo. A pedofilia é um distúrbio do desenvolvimento psicológico e sexual, que leva indivíduos, aparentemente normais, a buscarem de forma compulsiva e obsessiva o prazer sexual com crianças e adolescentes. As consequências do abuso sexual para crianças e adolescentes são graves, às vezes com repercussões para toda a vida. O pedófilo deve portanto ser excluído do convívio social, enquanto é submetido a tratamento. As vítimas devem ser apoiadas pela família e por profissionais especializados. O primeiro passo para combater o abuso sexual é a sociedade ser informada sobre a sua frequência, crianças serem precocemente informadas sobre seu próprio corpo e se o abuso sexual ocorrer, nosso conselho para os pais é: "acredite no que lhe diz seu filho, por mais absurdo que lhe pareça". A auto-estima preservada e confiança nos pais, podem impedir a maioria das situações de abuso sexual
abusador sexual na família quase sempre é o pai biológico, que age contra a filha.

Normalmente, em que idade a criança é mais maltratada?
Antes dos cinco anos, caracterizando bem o ato como uma demonstração de covardia.


Quais os mais freqüentes casos de maus-tratos contra crianças?
Nos hospitais, as situações mais encontradas são marcas na pele, de lesões provocadas por murros, tapas, surras de chicotes, fios, vara, queimaduras - muito freqüentes - por cigarro, ferro elétrico, água fervendo, objetos aquecidos. Também comuns são as fraturas de ossos longos dos membros superiores e inferiores, de crânio, de costelas e clavículas. Ocorrem ainda lesões de vísceras, como ruptura de fígado, baço ou intestinos. A morte por maus-tratos praticados pelos próprios pais, nos Estados Unidos, acontece, segundo estatísticas locais, em mais de duas mil crianças por ano. Aliás, as estatísticas americanas mostram que, anualmente, são registrados cerca de 1,5 milhão de casos de maus-tratos contra crianças e adolescentes, na família. Os números vão além: mostram que 300 mil crianças e adolescentes sofrem abusos sexuais, entre os quais, quatro mil são de incestos de pais com filhas. Acredita-se que, para cada 20 casos de violência, só um é notificado. No Brasil, o trabalho realizado em vários estados, por órgãos do Governo e organizações não-governamentais - vem demonstrando que a violência doméstica aqui é tão freqüente quanto nos Estados Unidos ou em qualquer país do mundo.


Didaticamente, quais e como são as formas mais comuns de maus-tratos?
São formas de maus-tratos: Físicos - uso de força física de forma intencional, não acidental, ou os atos de omissão intencionais, não-acidentais, praticados por parte dos pais ou responsáveis pela criança ou pelo adolescente, com o objetivo de ferir, danificar ou destruir esta criança ou o adolescente, deixando ou não marcas evidentes. Psicológicos - rejeição, depreciação, discriminação, desrespeito, utilização da criança como objeto para atender a necessidades psicológicas de adultos. Pela sutileza do ato e pela falta de evidências imediatas, este tipo de violência é um dos mais difíceis de caracterizar e conceituar, apesar de extremamente freqüente. Cobranças e punições exageradas são formas de maus-tratos psicológicos que podem trazer graves danos ao desenvolvimento psicológico, físico, sexual e social da criança. Abuso sexual - situação em que criança ou adolescente é usado para gratificação sexual de adulto ou adolescente mais velho, baseado em uma relação de poder. Inclui manipulação da genitália, mama ou ânus, exploração sexual, voyeurismo, pornografia e exibicionismo - incluindo telefonemas eróticos - e o ato sexual com ou sem penetração, com ou sem violência. Síndrome de Münchausen - situações em que pais, com objetivos de auferir lucro ou ter alguma outra vantagem, simulam em seus filhos, de forma habilidosa, ardilosa e verossímil, sinais e sintomas de doenças. Nesses casos, levam essas crianças a hospitais e, freqüentemente, elas são submetidas aos mais complexos exames para buscar o diagnóstico. Exemplifico com um caso que vivi no Hospital Souza Aguiar. A mãe afirmava que a filha chorava lágrimas com sangue - e nada se encontrava nos exames. Foi levada para outros hospitais especializados, com a mãe sempre repetindo que a criança estava com sangue nos olhos. E denunciava que não conseguíamos resolver o problema. Certa vez, porém, vimos que, durante a noite, a mãe furava o próprio dedo e colocava o sangue no olho da criança - e imediatamente chamava a enfermagem. Freqüentes são os casos de pais que chegam aos hospitais com filhos em coma, muitas vezes consecutivas. Acaba-se descobrindo que dão barbitúricos ou outros sedativos em grandes doses para as crianças. Esses adultos são pessoas neuróticas ou com graves problemas mentais, que precisam ser identificadas e tratadas. O nome da síndrome vem da literatura, em que o personagem, o barão de Münchausen, criava histórias fantasiosas, extremamente detalhadas, e todos acreditavam nelas. Esse quadro foi inicialmente descrito em adultos, que criavam doenças em si próprios. Posteriormente, em 1977, Meadow descreveu a situação em que pais com desordens psiquiátricas produziam nos filhos o mesmo quadro. Daí a denominação Síndrome de Münchausen by proxi, ou por procuração. Examinei, certa vez, uma adolescente de quatorze ou quinze anos com uma cicatriz de cirurgia de apendicectomia que não cicatrizava. Conversamos e ela contou-me que estava retirando os pontos com seus dedos porque não queria ir para casa. Prolongava sua estadia no hospital. Síndrome do bebê sacudido (Shaken baby syndrome) - é outra situação de maltrato em que uma criança, geralmente um bebê, é sacudida, na maioria das vezes pelos próprios pais, causando hemorragias intracranianas e intra-oculares que podem levar à morte ou deixar graves seqüelas, que muitas vezes só serão detectadas ao longo da vida, em razão de distúrbios no aprendizado ou no comportamento. De diagnóstico difícil, obriga o profissional de saúde a estar informado sobre sua grande freqüência e sobre a necessidade de anamnese bem completa, com exame obrigatório de fundo de olho e ressonância magnética para o diagnóstico de micro-hemorragias cerebrais. Todos se lembram de um caso recente que abalou todo o mundo, do bebê que morreu com hemorragia cerebral em conseqüência do shaken que teria sido infringido por sua baby sitter, uma jovem inglesa que estava estudando nos Estados Unidos. Os pais da criança, ambos médicos, trabalhavam o dia inteiro e deixavam seu filho com a babá. Ela foi presa, acusada de homicídio, condenada num primeiro julgamento e, paradoxalmente, libertada em outro seguinte, após 279 dias de detenção.

Em que classes sociais esses casos de maus-tratos mais ocorrem, no Brasil?
A literatura mundial e as pesquisas divulgadas em congressos internacionais mostram que todas as formas de maus-tratos ocorrem em todo o mundo, em todas as classes sociais. No Brasil, quase não temos estatísticas. É necessário analisar essa pergunta em relação a cada tipo de maus-tratos. Os casos de maus-tratos físicos e de negligência são mais denunciados nas classes mais pobres. Isso não significa, em absoluto, que pobre seja mais violento, mas sim que miséria, promiscuidade, pobreza absoluta são fatores desencadeantes da violência. Como vivem em comunidades, o fato torna-se conhecido por todos e é mais fácil que alguém denuncie. A classe média, morando em apartamentos, consegue mascarar e esconder esse tipo de maus-tratos. A própria Abrapia, quando recebe alguma denúncia, tem dificuldade de chegar a esses pais de classe média, com seus técnicos sendo barrados pelos porteiros dos condomínios. E, quando algum desses pais chega à Abrapia, já vem acompanhado por seu advogado. O abuso sexual é freqüente em todas as classes sociais, em todo o mundo. O muro do silêncio, nessas situações, é mais difícil de ser rompido, principalmente nas classes mais elevadas. O pior é que muitos acreditam que entre nós brasileiros não ocorrem abusos sexuais em família. A propósito, lembro-me de um pediatra meu amigo, com uma grande clínica no Rio, que me disse um dia: - Lauro, não tenho isso em meu consultório. Também um psiquiatra, conhecido meu, acredita que haja exagero nas denúncias, nos Estados Unidos. Realmente, o americano chegou ao nível de tamanha preocupação com o abuso sexual que podemos questionar se isso não leva a um distanciamento do tão necessário contato físico entre pais e filhos. São tão freqüentes as notificações que já existem até instituições de proteção a vítimas das denúncias de abusos sexuais e outros - VOCAL-Victims of Child Abuse Laws. Não há por que sermos tão diferentes dos outros países. Bons exemplos da universalidade do problema são três filmes estrangeiros, exibidos no Rio em 1999, que tinham suas tramas girando em torno do abuso sexual - o dinamarquês Festa de Família (Festen, direção de Thomas Vinterberg), o americano A Felicidade (Happiness, de Todd Solondz) e o inglês Zona de Conflito (The war zone, de Tim Roth). No primeiro, o clímax se concentra no filho mais velho, que, durante a festa em que o pai comemorava 60 anos de idade, denuncia o patriarca como tendo sido um abusador dele e da irmã, morta por suicídio, com o conhecimento da mãe, omissa. O filme americano retrata as atividades pedófilas de um médico psicanalista, famoso e aparentemente normal, em New Jersey, que compulsivamente abusava dos colegas de colégio do filho de dez anos. Sua família, muito bem inserida no american way of life, de nada desconfiava. Zona de Conflito trata com densidade da relação incestuosa entre o pai e a filha adolescente, em uma família de classe média inglesa, aparentemente normal e feliz. Habitualmente, quando falamos em abuso sexual contra crianças, associamos o caso a um psicopata ou a um pedófilo. Na maioria das vezes, porém, isso ocorre com homens comuns, que agem normalmente em sociedade, mas em casa mostram-se doentes, deprimidos, têm dificuldades nas atividades sexuais, neuróticos que acabam encontrando nas filhas a relação que lhes preenche o vazio afetivo. Essa situação é muito comum. Até porque, quando a sociedade ainda não estava organizada nos padrões atuais, a relação endogâmica era aceita. Hoje, proibido, o incesto é um tabu não respeitado por muitos. Abuso psicológico - é provocado por pais, professores, pediatras, pessoas de convívio íntimo com crianças. Pode ser observado, claramente, em todas as classes sociais. No Brasil, alia-se ao alto índice de desinformação, à falta de pesquisas e estatísticas sobre a vida intrafamiliar. Por desconhecimento e preconceito, as classes mais elevadas da população tendem a acreditar que a violência contra crianças e adolescentes dentro de casa só acontece com miseráveis ou em outros países. Atualmente, a grave situação da falta de trabalho e de emprego no Brasil atinge a todas as classes sociais. O desemprego, ou o medo de perder o trabalho, são fatores precipitantes de maus-tratos, em função de um estado de ansiedade, depressão e baixa auto-estima. As pessoas bebem, perdem o autocontrole e agridem. Costumo dizer que a diferença é apenas entre o uísque da classe média e a cachaça da maior parte da população.

Os pais são punidos?
Deve-se considerar que o objetivo é, antes de tudo, proteger a criança e reinseri-la na família tratada. Após o diagnóstico, a Abrapia encaminha as crianças e os pais para tratamento. Mas, com toda certeza, alguns pais deveriam ser julgados e receber a aplicação das penalidades previstas na Lei. No entanto, infelizmente, isso é raro. Uma pesquisa da Universidade Popular da Baixada, patrocinada pelo Ministério da Justiça, analisou os 2.217 processos relativos à violência e maus-tratos nos dez maiores municípios do estado do Rio de Janeiro, no ano de 1997. O maior número de processos, 1.221, foi encontrado no Rio; seguido de Campos, com 219; Nova Iguaçu, com 186; São Gonçalo, com 130 e Duque de Caxias, com 97. A lamentar, o fato de que, dos 2.217 processos, só 19,8% estavam finalizados com sentença. Quanto à decisão judicial em relação ao agressor, em 49% dos casos não houve sentença e, em 23,6%, não houve registro (sic). Apenas em 15,1% houve punição para o agressor, que foi desde uma simples advertência até a suspensão ou destituição do pátrio poder. Especificamente em relação ao abuso sexual, houve 257 processos, sendo 143 do município do Rio de Janeiro. Também no município do Rio, no item Decisão judicial em relação ao agressor, em 46,7% dos casos não houve sentença (sic) e em 26,8% não houve registro (sic). Só houve algum tipo de punição, também de advertência até a perda do pátrio poder, em apenas 8,9% dos casos. Essa pesquisa alerta para dois pontos em especial: são poucos os casos de violência dos pais contra os filhos que chegam à Justiça, e raríssimos são os pais que recebem alguma punição, além do inexplicável número de casos sem registro ou sem sentença, segundo os resultados da pesquisa. As maiores dificuldades em se punir legalmente e tratar o agressor, ocorrem nos caos de abuso sexual. Frequentemente pais não acreditam nos filhos, policiais desinformados não crêem nos pais e a justiça, por falta de provas físicas (só 30% dos casos de abuso sexual deixam marcas evidentes), não pune o pedófilo, que na maioria das vezes segue seu caminho de predador de crianças por toda a vida.

Quem deve denunciar os maus-tratos, e a quem?
Pelo Artigo 13 do Estatuto da Criança e do Adolescente-ECA, "os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais". As autoridades que podem receber as denúncias, além dos Conselhos Tutelares, são: o Juiz da Infância e da Juventude (antigo Juiz de Menores), a polícia, o Promotor de Justiça da Infância e da Juventude, os Centros de Defesa da Criança e do Adolescente e os Programas SOS-Criança. Essas denúncias podem ser feitas por qualquer cidadão, mas são obrigatórias para alguns profissionais. A esse respeito, o Artigo 245 do ECA prevê punições: "Deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento de atenção à saúde e de ensino fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar à autoridade competente os casos de que tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente". A penalidade para a omissão é de "multa de 3 a 20 salários mínimos, aplicando-se o dobro em caso de reincidência". O Código Penal prevê outras punições.

Com sua experiência de 35 anos à frente do Serviço de Pediatria do Hospital Municipal Souza Aguiar, 18 anos na Abrapia e outros quarenta em consultório pediátrico, deve ter muitos casos para contar. Quais os que mais o impressionou?
A violência, em todas as suas formas, é para mim sempre impressionante. Não me conformo em ver nos hospitais de emergência, em grande quantidade, crianças e adolescentes atropelados em portas de escolas, vítimas de acidentes de trânsito e de quedas, muitas vezes evitáveis, ou de intoxicações diversas. O problema é saber quais dessas situações poderiam ter sido prevenidas e quais delas foram intencionais. Voltando à violência de pais contra filhos, e respondendo à pergunta, vou citar alguns casos que mais me marcaram. Evidentemente, os piores foram aqueles que chegaram à morte. Lembro-me do Willian, um menino de cerca de dois anos de idade, que chegou morto à sala de emergência, numa manhã de sábado. Apresentava inúmeros sinais externos de violência e fratura do crânio. A pessoa que o levou era uma mulher de cerca de 30 anos, mãe substituta. Ela deitava-se sobre o corpo do menino e chorava, gritando: "O que fizeram com você, Willian? Quem fez isso? Vou me vingar." Pouco depois, confessou que havia torturado o garoto durante dias, como represália pelo fato de a mãe biológica não estar mandando regularmente a importância combinada para a manutenção do menino. Ela foi presa e condenada: pena máxima, por homicídio doloso. Outra criança que morreu, com cerca de um ano de idade, encontrei na emergência em um respirador, com inúmeras fraturas de crânio. A mãe, tranqüila e às vezes até dormindo ao lado da criança, informou que a encontrou caída, junto à cama, quando chegou em casa. O pai estava lá. A criança havia sido agredida violentamente na cabeça, com algum instrumento. Os casos que chegam a um hospital público são sempre de grande violência. Uma mãe colocou a mão da criança em panela com água fervendo, causando queimaduras de segundo grau profundo, queimadura em luva, típica de maus-tratos físicos. Outra queimou a boca do filho com uma colher aquecida, porque ele dizia palavrões. Outros pais colocaram a filha em uma bacia com água quente para castigá-la porque não controlava oesfíncterurinário à noite. Outros, queimaram o períneo da filha com objeto aquecido porque ela se masturbava. Ou queimaram a mão de uma menina na prancha do fogão, ou colocaram um bebê sentado na frigideira com óleo fervendo. São todos exemplos de casos graves que chegam aos hospitais. Mas quantas crianças são maltratadas e nem sequer recebem atendimento? Os casos levados ao SOS Criança da Abrapia são menos graves, permitindo uma ação preventiva mais eficaz. Em relação à negligência, o que mais me impressiona são as situações de crianças deixadas sozinhas em casa - que se intoxicam, sofrem quedas e, às vezes, morrem ou ficam mutiladas em conseqüência de incêndio em casa, com graves queimaduras, ou quedas de apartamentos altos. O abuso sexual, quando chega ao hospital, é sempre muito grave, com lesões graves de genitália e ânus. Os casos levados freqüentemente à Abrapia apresentam menores conseqüências físicas, sem marcas evidentes e exigindo para o diagnóstico a aplicação de técnicas sofisticadas de revelação do abuso sexual na família. Maus-tratos e negligência de pais contra filhos continuam a ocorrer em todos os países do mundo. A literatura científica está cheia de casos quase inacreditáveis: bebês colocados em forno de microondas, ou mortos por aspiração de pimenta em pó colocada pelos pais nas suas bocas, ou assassinados por asfixia por travesseiro. Recordo-me que, certa vez, fiz uma conferência sobre violência doméstica em um congresso internacional de cirurgia pediátrica, no Rio. Após minha exposição, o presidente do congresso, um médico suíço, parabenizou-me, mas disse que já conhecia todas as situações que eu havia apresentado. Na sua terra também ocorria o mesmo. E citou casos que não conhecemos pessoalmente, como colocar uma criança, para castigá-la, em um armário fechado, ou para fora de casa, na neve. Efetivamente, o que mais me impressiona não são os casos extremos, exemplares, que citamos. O pior é saber que a violência de pais e parentes contra crianças que deles dependem totalmente continua a existir, em todas as suas formas, com enorme freqüência, em todos os países do mundo. Por analogia com as estatísticas americanas, pode-se calcular que cerca de 40 mil crianças e adolescentes são severamente maltratados pelos seus responsáveis, todos os anos, no Rio de Janeiro e no Brasil, no mínimo 600 mil ao ano. Dessas, 1800 (0,3%) morrem. Lamentavelmente, poucos são os casos notificados.

Qual seu conselho para os pais? Não passar da palmada?
Sou contra qualquer tipo de violência. Muitos pais batem em seus filhos acreditando que seja a única forma de educá-los. Discordo. Bater em uma criança é sempre ato de covardia, é um abuso do mais forte contra o mais fraco. Devemos buscar outras formas de educar filhos, sem castigos físicos, sem maus-tratos psicológicos. Os tempos mudaram. As crianças devem ter limites bem estabelecidos, com firmeza, pelos pais. A insegurança dos pais, a falta de atenção e o descontrole pessoal são as principais causas da opção do castigo físico como forma pedagógica. Estou certo de que até a palmada, culturalmente aceita por muitos, é dispensável. De toda forma, eu não buscaria transmitir sentimentos de culpa para os pais. Ser pai é uma tarefa extremamente difícil, que exige um treino contínuo e perseverante. Aliás, como dizia Winnicott, a vida é essencialmente difícil de ser vivida por todos, e os pais devem procurar ser suficientemente bons para seus filhos - nem permissivos, nem agressivos (Mother good enough, de Winnicott).


Autoria do texto: Dr. Lauro Monteiro- Leia estas respostas na íntegra e outras importantes informações do Dr. Lauro Monteiro em http://www.observatoriodainfancia.com.br




Não grite, não agrida, não humilhe seus filhos.



Mesmo que tenha razões para estar nervoso ou irritado, busque acalmar-se. Eduque com amor.


Momento da linda poesia de Carlos Drumond de Andrade


Procura da Poesia


Não faças versos sobre acontecimentos.
Não há criação nem morte perante a poesia.
Diante dela, a vida é um sol estático,
não aquece nem ilumina.

As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam.
Não faças poesia com o corpo,
esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica.

Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro
são indiferentes.
Nem me reveles teus sentimentos,
que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem.
O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia.

Não cantes tua cidade, deixa-a em paz.
O canto não é o movimento das máquinas nem o segredo das casas.
Não é música ouvida de passagem, rumor do mar nas ruas junto à linha de espuma.

O canto não é a natureza
nem os homens em sociedade.
Para ele, chuva e noite, fadiga e esperança nada significam.
A poesia (não tires poesia das coisas)
elide sujeito e objeto.
Não dramatizes, não invoques,
não indagues. Não percas tempo em mentir.
Não te aborreças.
Teu iate de marfim, teu sapato de diamante,
vossas mazurcas e abusões, vossos esqueletos de família
desaparecem na curva do tempo, é algo imprestável.

Não recomponhas
tua sepultada e merencória infância.
Não osciles entre o espelho e a
memória em dissipação.
Que se dissipou, não era poesia.
Que se partiu, cristal não era.

Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de descrevê-los.

Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o poema a desprender-se do limbo.
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema. Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço.

Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?

Repara:
ermas de melodia e conceito
elas se refugiaram na noite, as palavras.
Ainda úmidas e impregnadas de sono,
rolam num rio difícil e se transformam em desprezo.



É Preciso Saber Viver


Quem espera que a vida
Seja feita de ilusão
Pode até ficar maluco
Ou morrer na solidão
É preciso ter cuidado
Pra mais tarde não sofrer
É preciso saber viver
Toda pedra do caminho
Você pode retirar
Numa flor que tem espinhos
Você pode se arranhar
Se o bem e o mal existem
Você pode escolher
É preciso saber viver
É preciso saber viver
É preciso saber viver
É preciso saber viver
Saber viver, saber viver!


Música -composição: Erasmo Carlos / Roberto Carlos



Mensagem de fortalecimento




Quanto Puderes

Quanto puderes, não te afastes do lar,
ainda mesmo quando o lar te pareça
inquietante fornalha de fogo e aflição.

Quanto te seja possível,
suporta a esposa incompreensiva e exigente,
ainda mesmo quando surja aos teus olhos
por empecilho à felicidade.

Quanto estiver ao teu alcance,
tolera o companheiro áspero ou indiferente,
ainda mesmo quando compareça ao teu lado,
por adversário de tuas melhores esperanças.

Quanto puderes,
não abandones o filho impermeável
aos teus bons exemplos e aos teus
sadios conselhos, ainda mesmo quando
se te afigure acabado modelo de ingratidão.

Quanto te seja possível,
suporta o irmão que se fez cego e surdo
aos teus mais elevados testemunhos no bem,
ainda mesmo quando se destaque
por inexcedível representante do egoísmo e da vaidade.

Quanto estiver ao teu alcance,
tolera o chefe atrabiliário, o colega leviano,
o parente desagradável, ou o amigo menos simpático,
ainda mesmo quando escarneçam
e tuas melhores aspirações.

Apaga a fogueira da impulsividade
que nos impele aos atos impensados ou à
queixa descabida e avancemos para
diante arrimados à tolerância porque
se hoje não conseguimos realizar a tarefa
que o Senhor nos confiou, a ela tornaremos
amanhã com maiores dificuldades para
a necessária recapitulação.

Não vale a fuga que complica os problemas,
ao invés de simplificá-los.

Aceitemos o combate em nós mesmos,
reconhecendo que a disciplina antecede a espontaneidade.
Não há purificação sem burilamento,
como não há metal acrisolado sem cadinho esfogueante.

A educação é obra de sacrifício no espaço
e no tempo, e atendendo à Divina Sabedoria,
- que jamais nos situa uns à frente dos outros
sem finalidade de serviço e reajustamento
para a vitória do amor - ,
amemos nossas cruzes por mais pesadas
e espinhosas que sejam, nelas recebendo
as nossas mais altas e mais belas lições.


Emmanuel
Livro Coragem-Francisco Cândido Xavier-Autores Diversos-Editora CEC

22 novembro, 2011

Dia 22 de novembro - Dia do Músico




Parabéns a todos os músicos!





João Carlos Martins
Grande exemplo de talento, genialidade, força e superação






Biografia de João Carlos Martins para o Museu da Televisão Brasileira



O nome completo do maestro João Carlos Martins é João Carlos Gandra da Silva Martins. Ele nasceu em 25 de junho de 1940, em São Paulo.
Começou seus estudos de música ainda menino, quando seu pai comprou um piano para a casa, com a professora Aida de Vuono. Quando ele completou oito anos, seu pai o inscreveu em um concurso para executar obras de Bach. Ele venceu. Foi o primeiro desafio que venceu, em sua vida, que foi cheia deles. Vários outros estavam por vir. Começou a estudar no Liceu Pasteur. Aos onze anos já estudava seis horas de piano por dia. No Liceu Pasteur, teve aula de piano com um professor russo, chamado José Kliass. E o garoto estudava muito, buscando a perfeição.

Inscreveu-se num concurso da Sociedade Brito de São Petersburgo e tirou o primeiro lugar. Começou a dar concertos e ganhou o aplauso de toda a crítica nacional e internacional. Foi então escolhido no Festival Casals, dentre inúmeros candidatos das três Américas, para dar o Recital Prêmio em Washington. Aos vinte anos, tocou no Carnegie Hall, patrocinado por Eleonor Roosevelt. Tocou com as maiores orquestras americanas e gravou a obra completa de Bach, para piano. Inaugurou o Glennn Gould Memorial em Toronto.

Mas, eis que a vida coloca a sua frente um grande obstáculo. Teve um nervo rompido e perdeu o movimento da mão direita, em um acidente em um jogo de futebol em Nova York. Ficou privado de ter contato com o piano. Fez inúmeros tratamentos e recuperou os movimentos, mas foi acometido de uma doença chamada: Contratura de Dupuytren. Novamente precisou parar de tocar. Desta vez, acreditou que seria para sempre. . Mas seu grande amor e seu grande esforço, o fizeram voltar a tocar. Criou um estilo todo seu, de aproveitar ao máximo a beleza das peças clássicas. Utilizava mais a mão esquerda e obteve extremo sucesso com essa atitude. Mas, eis que novamente o destino lhe pega uma peça. Após realizar um concerto em Sofia, na Bulgária, é assaltado e leva um golpe na cabeça, que lhe faz perder novamente o movimento das mãos. Quando se esforçava, sentia dores violentas, principalmente na mão esquerda. Aí perdeu anos de sua vida em tratamentos, em treinamentos, até que novamente achou uma maneira de tocar, utilizando só os dedos que mantinham os movimentos em cada mão. Percebeu, porém, que já não tinha a maestria e nem tirava a beleza das peças que executava.

Em 2003, quando achava que tudo estava perdido para ele, teve um sonho com o importante maestro brasileiro Eliazar de Carvalho, que lhe dizia: "Vem pra cá, amigo, que eu vou lhe ensinar a reger" E João Carlos Martins resolveu ser maestro. Começou uma nova vida. E se encantou com seu novo mundo.
Incapaz de segurar a batuta e virar as páginas da partitura, ele decora toda a composição minuciosamente, num esforço colossal e único, mesmo entre os grandes maestros. E então diz: A MÚSICA VENCEU!

Elogiado e prestigiado por todos, o maestro João Carlos Martins já esteve no programa: " Roda Viva", da TV Cultura, onde foi aclamado. Já esteve em várias partes do mundo, para reger orquestras, inclusive em Londres, onde regeu English Chamber Orchestra, uma das maiores orquestras de câmara.
Além disso na Faculdade de Música FAAM, dá aulas de introdução à música para jovens carentes.


O grande maestro João Carlos Martins foi homenageado pela Escola de Samba Vai Vai, de São Paulo, que foi a vencedora do desfile, em 2011. O enredo era: " A MÚSICA VENCEU!".

Autoria do texto: http://www.museudatv.com.br/biografias